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Estado de Minas BH RESPIRA CULTURA

Festival de Inverno da UFMG oferece programação extensa e gratuita na capital

Agenda se divide entre câmpus, na Pampulha, praças e parques. Objetivo é promover interação entre cidade e universidade


postado em 19/07/2015 07:00 / atualizado em 19/07/2015 08:53

Com mais de 50 integrantes, cortejo cênico abriu festival na Praça da Liberdade(foto: Leandro Couri / EM / D.A Press)
Com mais de 50 integrantes, cortejo cênico abriu festival na Praça da Liberdade (foto: Leandro Couri / EM / D.A Press)

Promover a interação entre a cidade e o público da universidade é o foco principal do 47º Festival de Inverno da UFMG, que começa hoje e vai até o próximo sábado, com diversas oficinas e atividades culturais espalhadas pelo câmpus Pampulha e outros pontos de Belo Horizonte. Não é a toa que a abertura oficial reuniu os dois lados, com evento no câmpus na sexta-feira e ontem na Praça da Liberdade, seguido de cortejo cênico que foi da Avenida João Pinheiro até a Praça Afonso Arinos. Durante toda a semana, o objetivo é que a cidade respire cultura e participe, já que toda a programação é aberta ao público e gratuita.



Antes do cortejo, ontem à tarde, uma concentração se formou nos arredores da Praça da Liberdade, em frente ao Memorial Minas Vale, onde os seis corais que fazem parte do Núcleo de Música Coral da UFMG se apresentaram. “Os corais, que reúnem mais de 100 integrantes, fazem parte de um projeto que a universidade ofereceu para a cidade. O programa é um feliz representante dessa interação universidade x cidade que queremos promover”, afirmou o coordenador do Núcleo de Música e coordenador geral do Festival de Inverno, professor Ernani Malleta. Interação como a que promoveu a funcionária pública Celeste Maier, com a filha Mariana Maier de Carvalho, estudante da UFMG. Sabendo da oportunidade, Celeste passou a fazer parte do coral e ontem teve a oportunidade de se apresentar diante da filha Mariana e dos netos, Francisco e Rafael.

“O coral é sobretudo um ato de respeito ao outro. Porque se você não ouvir a voz de quem está cantando é porque está cantando alto e, por isso, está errado. Você não pode aparecer. Cada um tem a sua hora de ficar na frente. Por isso você exercita o contato”, garantiu o aposentado Augusto Borges, que por meio da Organização de Aposentados e Pensionistas (OAP) integra o programa de corais da UFMG há dois anos e ontem se apresentou no Festival de Inverno pela primeira vez. “Como diria Fernando Brant, o artista tem que ir onde o povo está. Por isso, sair das salas e ir para as ruas”, completou. “É época de férias. E muito importante que haja eventos culturais desse tipo dentro da universidade e pela cidade”, completou o estudante de teatro da UFMG Munish, enquanto esperava pelo cortejo cênico em que representaria um estudante de economia prestes a se formar. O cortejo foi organizado e preparado em pré-oficina do festival pelo professor Antônio Ildebrando, que ensaiou mais de 50 pessoas para o ato.

E demonstração de oportunidade a todos foi o que realmente não faltou. Enquanto o coral se preparava para a apresentação, o valadarense Amarildo Gomes, que se intitula MC Doidinho, passava pelo local, assumiu o microfone e sem o menor constrangimento agrupou quem passava pela rua ao som do Maluco beleza, de Raul Seixas. “Isso é fantástico. É o que a gente quer. Que as pessoas se insiram”, comentou Ernani.

 

Atores fazem esquetes nos parques para sensibilizar crianças e adultos sobre a água(foto: Edésio Ferreira / EM / D.A Press)
Atores fazem esquetes nos parques para sensibilizar crianças e adultos sobre a água (foto: Edésio Ferreira / EM / D.A Press)

Consciência nas férias

 

Férias é tempo de descanso, lazer e viagem, mas uma lição de casa não pode ser esquecida: economizar água. A população da Região Metropolitana de Belo Horizonte precisa reduzir em pelo menos 30% o consumo para evitar o racionamento, que pode começar em agosto. Por isso, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) aproveita a pausa no ano letivo para conscientizar as crianças sobre o uso consciente do recurso hídrico. Ontem, atores divertiram os visitantes do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no Bairro Itapoã, com paródias para dar dicas de como economizar água.

A administradora Paulete Correia Vieira, de 30 anos, e a filha, Júlia Vieira Marques, de 7, deram boas risadas com a peça de teatro. A mãe aplaudiu a iniciativa, certa de que a população vai entender que as medidas não são preventivas. “O problema maior é que muitas pessoas não se deram conta de que a situação é crítica e daqui a pouco vai faltar água. Se isso acontecer, vão partir para racionamento em agosto”, lembra. Em casa, Paulete faz sua parte: limpa o quintal com vassoura e usa a piscina para armazenar a água da chuva, tomando o cuidado de não deixá-la parada por causa da dengue. A filha resumiu o que aprendeu. “Não podemos desperdiçar água senão ela vai acabar.”

Com a ajuda dos atores, que vão percorrer outros parques durante as férias, a Copasa espera sensibilizar principalmente as crianças. “O público infantil é extremamente importante para multiplicar nossa mensagem. Começar pela criança surte mais efeito porque o filho cobra do pai”, destaca o relações-públicas da companhia de saneamento, Breno Gustavo Maciel Guedes. A intenção é aumentar a economia – que no mês passado não passou de 15,2% – para adiar o temido racionamento até a chegada do período de chuvas, quando se espera que os reservatórios voltem a se encher e as obras em Brumadinho, iniciada há duas semanas, sejam finalizadas. A intervenção, que garantirá o abastecimento da Grande BH nos próximos anos com a captação de 5 mil litros de água por segundo do Rio Paraopeba, deve ficar pronta em 20 de dezembro.

O chefe de departamento da Região Noroeste e Pampulha da Fundação de Parques Municipais, Hebert Pessoa, torce para que esse trabalho de conscientização incentive os visitantes a evitar o desperdício. Internamente, a administração do parque tomou providências e conseguiu reduzir mais de 30% do consumo nos últimos três meses. “Estancamos todos os vazamentos, diminuímos o número de torneiras e passamos a irrigar as plantas apenas uma vez por semana, em vez de dois em dois dias”, destaca. Outro projeto é instalar uma bomba hidráulica para captar a água que escorre da represa, alimentada por nove nascentes, que poderá ser usada para irrigar os canteiros e lavar o pátio. Com isso, a economia pode chegar a 40%.

Para divertir a criançada, outros parques de BH começaram ontem a oferecer programação especial de férias, que vai até o fim do mês.


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