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Estado de Minas

Policial Civil armado ameaça guarda municipal para conseguir atendimento na UPA Norte

Funcionários do local contam que o indivíduo chegou exaltado ao posto médico, apontou uma arma de fogo contra a cabeça do guarda e exigiu que sua mulher fosse atendida antes de outros pacientes


postado em 08/07/2015 15:36 / atualizado em 08/07/2015 19:16

Um guarda municipal foi ameaçado por um policial civil armado na tarde desta quarta-feira quando estava em serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no Bairro 1° de Maio. Funcionários do local contam que o indivíduo chegou exaltado ao posto médico. Segundo relatos, ele apontou uma arma de fogo contra a cabeça do guarda e exigiu que sua mulher fosse atendida antes de outros pacientes que já estavam na fila.

Uma médica que trabalhava na UPA no momento da confusão, e pediu para não ser identificada, conta que o homem não se conformou ao saber que sua mulher teria de aguardar na fila por atendimento e iniciou a confusão. “Segundo a enfermeira, ela recebeu a classificação amarela, o que indica que ela precisava de atendimento, mas poderia esperar. Outros pacientes estavam em situação mais grave que ela, e tinham prioridade”, explica a funcionária da unidade.

Ao perceber que teria de aguardar, o homem sacou uma arma e a apontou contra o guarda municipal, que fazia a segurança da unidade. Assustados, pacientes e funcionários se esconderam em quartos e outros cômodos da UPA. As ameaças só cessaram depois que o policial civil foi chamado até a gerência da unidade para uma conversa.

Ainda segundo a médica que presenciou a confusão, para dar fim ao tumulto, a equipe da UPA decidiu prestar atendimento à mulher, passando-a na frente de um grupo de pessoas que aguardavam na fila. Viaturas da Polícia Militar e Guarda Municipal foram acionadas para atender a ocorrência.

Segundo a Polícia Civil, o investigador alega que levou a esposa, em tratamento contra o câncer, à Upa após encontrá-la desmaiada em casa. O guarda municipal teria se negado a chamar um médico para atendê-la e informado que não havia maca disponível para transportá-la. O policial civil conta que, então, o segurou pelo uniforme e disse que o prenderia por omissão de socorro. O guarda diz que não poderia deixar seu posto para ajudar no atendimento. O agente conta que conseguiu conter o investigador com um golpe de "gravata", até ser contido por outro guarda municipal.

O delegado responsável pelo recebimento da ocorrência na Ceflan 1 ouviu testemunhas e determinou a intimação de outras para o devido encaminhamento legal da investigação. Em nota, a Polícia Cilvi diz que a a Corregedoria Geral está instaurando procedimento administrativo quanto à conduta do investigador.


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