
A Polícia Militar reconhece a onda de ataques. Desde 15 de dezembro, a corporação já registrou 24 prisões por furto e uma por roubo na feira dos domingos. “Ninguém fala que está sendo frequente, que está ocorrendo. Por mais que você desconfie, você fica à mercê dos ladrões”, reclama a mulher roubada há três dias, ainda assustada com a situação. “A gente fica chateada, porque é uma área que frequentamos, onde fazemos compras. Pessoas que sofreram esse tipo de furto e invasão de privacidade deixam de ir ao espaço”, argumenta. Segundo ela, o risco de furtos no local deveria ser divulgado para que os frequentadores redobrem a atenção com seus pertences.
Comandante do 1º Batalhão da PM, responsável pela área, o tenente-coronel Vítor Araújo afirma que a corporação já tem conhecimento da onda de furtos. Segundo ele, a média chega a ser de cinco a sete por semana. Apesar de a técnica dos criminosos ser a mesma, ele descarta que a ação seja de um grupo organizado. “Não trabalhamos no sentido de quadrilha, pelo que vimos são várias pessoas”, explica o oficial, que considera também o histórico de pessoas detidas, que não agiam em bando.
Ele também acredita que os criminosos que estão atuando na feira são reincidentes. “Nós tivemos sucesso no ano passado, diminuindo quase a zero esse tipo de delito, mas infelizmente as pessoas que o praticam são soltas.” Para tentar acabar com esse tipo de delito, o policiamento na feira foi reforçado, inclusive com militares à paisana observando movimentações suspeitas. Para evitar os furtos, o comandante do 1º Batalhão faz um alerta aos frequentadores da feira: “Bolsa para a frente é fundamental para combater esse tipo de crime”. Além disso, é preciso estar sempre atento aos seus pertences e produtos comprados no local.
