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Estado de Minas

Depois de novo atrito com motoristas do Uber, taxistas farão protesto hoje

Categoria pretende fazer protesto, saindo da Praça da Estação e seguindo para a sede do Ministério Público, no Bairro Santo Agostinho, onde haverá reunião para discutir o assunto


postado em 06/07/2015 06:00 / atualizado em 06/07/2015 14:08


Um novo caso envolvendo taxistas e um motorista que faz transporte de passageiros pelo aplicativo Uber foi registrado na noite de sábado, na Praça da Bandeira, no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul de BH. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram o quarto caso do tipo em 48 horas com taxistas insatisfeitos com a atuação da empresa norte-americana, que faz transporte de passageiros por meio de aplicativo. Hoje, a categoria pretende fazer protesto, saindo da Praça da Estação e seguindo para a sede do Ministério Público, no Bairro Santo Agostinho, onde haverá reunião para discutir o assunto.


O episódio na Praça da Bandeira foi postado  em um grupo de WhatsApp dos condutores do Uber. Os taxistas cercaram o motorista, mas foram embora com a aproximação de uma viatura policial, disse um motorista do serviço ao EM

Na sexta-feira, um motorista de transporte executivo foi impedido de pegar uma passageira num hotel no Belvedere por ter sido confundido com parceiro do Uber. No mesmo dia, outro motorista do Uber não conseguiu pegar clientes no estacionamento do Ponteio Lar Shopping. Na quinta, a polícia interveio em uma briga entre taxistas e autônomos. Na madrugada de sábado, dois carros do Uber foram danificados.

Motoristas do aplicativo reclama da ação de taxistas. “Eles fecham, tentam intimidar, agridem, arranham carro, chutam porta”, diz o motorista que presta serviço pelo aplicativo.

O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir), Ricardo Faedda, condenou qualquer tipo de agressão entre taxistas e autônomos. Mas criticou a morosidade do poder público em apontar soluções para o impasse. Faedda defende que a categoria faça “manifestação pacífica pelos seus direitos”, e hoje espera reunir centenas de taxistas no protesto pela manhã.

“A direção do Sincavir repudia qualquer agressão. Mas não entende a morosidade do poder público, que com base na Lei Federal 123.468/11, que regulamente a profissão de taxistas, já teria como agir contra o Uber, que atua de forma irregular”, explicou. O sindicalista diz que só em BH o serviço do aplicativo já representa queda de 30% nas corridas de táxi. “O Uber é uma empresa estrangeira que leva 20% dos valores das corridas e isso deveria ser investigado até pelo Ministério Público Federal, pois pode representar evasão de divisas”, reclamou.

Por meio de nota, o Uber, que esta há oito meses em BH, criticou as agressões. A empresa funciona em 310 cidades de 58 países e é alvo de discussões jurídicas sobre a legalidade do serviço. No Brasil atua em Brasília, São Paulo, Rio e BH. Em São Paulo, a prefeitura está autuando motoristas do aplicativo. A BHTrans considera o serviço ilegal, mas ressalta que está impedida de autuar. A Polícia Militar informou que ainda não há decisão judicial ou legislação que aponte ilegalidade do Uber na capital mineira.


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