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Estado de Minas

Governo se manifesta sobre protesto na MG-010 e diz não tolerar a interdição de vias

Por meio de nota, o Estado informou que tentou negociar com as ocupações o reassentamento das famílias em imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Diante da negativa por parte das lideranças do movimento, será necessária a reintegração de posse dos terrenos


postado em 19/06/2015 15:03 / atualizado em 19/06/2015 18:47

Ônibus foi incendiado por manifestantes durante protesto na MG-010, na Região Norte de Belo Horizonte(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Ônibus foi incendiado por manifestantes durante protesto na MG-010, na Região Norte de Belo Horizonte (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

O governo de Minas se manifestou na tarde desta sexta-feira por meio de nota sobre o protesto que terminou em confronto entre a Polícia Militar e um grupo de manifestantes das ocupações do Isidoro que interditou a MG-010, na Região Norte de Belo Horizonte e afirmou que o Estado não vai tolerar a interdição de vias públicas, a fim de garantir a manutenção da ordem.

No texto, o governo disse que negocia há cerca de três meses com os moradores das ocupações Vitória, Esperança e Rosa Leão a possibilidade de assegurar o assentamento das famílias em conjuntos habitacionais do programa "Minha Casa, Minha Vida - Faixa 1", mas a proposta foi recusada.

Antes de serem reassentadas definitivamente, segundo o governo de Minas, estes moradores seriam alojados em outra área da mesma região, onde aguardariam a construção dos imóveis novos. Famílias mais numerosas teriam direito a um apartamento com três quartos. Para ter direito ao benefício, no entanto, essas pessoas teriam de desocupar o terreno em que vivem atualmente para o início das obras. Seriam contempladas as famílias aprovadas no cadastro feito pela Prefeitura de Belo Horizonte, conforme exigência do programa nacional de habitação.

Ainda de acordo com a nota do governo, como os líderes das ocupações se negaram a aceitar a proposta, foi convocada para esta sexta uma reunião com representantes dos moradores para anunciar a execução da reintegração de posse dos terrenos, em cumprimento a decisão judicial.

Em relação ao confronto entre os militares e manifestantes, a nota informa que “o governo de Minas Gerais reconhece o direito à livre manifestação, mas trabalhará sempre para a manutenção da ordem, sem tolerar a interdição de vias públicas”.

Confronto na rodovia

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), cerca de 500 pessoas bloquearam a MG-010 no sentido BH/Confins caminhando em direção à Cidade Administrativa em protesto contra uma ação de reintegração de posse. O grupo foi retirado depois de aproximadamente uma hora de fechamento da rodovia, e houve impacto no trânsito, com registro de congestionamento.

O Batalhão de Choque da PM esteve no local e negociou a abertura da rodovia. O clima ficou tenso e manifestantes denunciaram violência durante a liberação do trânsito. “Atearam fogo em ônibus, quebraram o ônibus funcional da Cidade Administrativa, agrediram servidores. Estão criminosamente colocando crianças à frente da turma. Nós agimos rápido e não permitimos mais interrupção da MG-010. Usamos armas de menor potencial ofensivo como bala de elastômetro (borracha), gás de pimenta e gás lacrimogêneo”, informou o porta-voz da PM, major Gilmar Luciano.

Já os moradores que participam da manifestação denunciaram ações violentas por parte da PM. Segundo eles, os militares usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para liberar a estrada. Ainda conforme os membros das ocupações, várias pessoas ficaram feridas, entre elas uma bebê que levou um tiro de bala de borracha.

(Com informações de Luana Cruz e Cristiane Silva)


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