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Estado de Minas

Câmpus da UFMG vira parque no domingo


postado em 01/06/2015 06:00 / atualizado em 01/06/2015 07:34

(foto: Jeisy Monteiro/Divulgação)
(foto: Jeisy Monteiro/Divulgação)

Os portões da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), câmpus Pampulha, ficaram abertos ontem para toda a população e o gramado em frente ao prédio da Reitoria se transformou em um parque. Em dia ensolarado, famílias, animais, bicicletas e toalhas para piquenique tomaram conta do lugar que costuma ficar às moscas quando não tem aula. Diante da boa aceitação, a instituição estuda tornar permanente o projeto Domingo no Câmpus.

A estudante de biologia Marina Silva Ribeiro, de 21 anos, saiu de Santa Luzia, na Grande BH, com pai, mãe, irmão, duas primas e cachorro para fazer piquenique no lugar onde assiste aulas. “A maioria das pessoas que não estuda aqui não sabe que pode usar o espaço, que é público. Por que não trazer bola e peteca mesmo quando não tiver o evento?”. A mãe de Marina aprovou a iniciativa e espera voltar logo ao câmpus. “Além de reunir a família para divertir junto, é interessante para conhecer o lugar onde a minha filha estuda”, diz Sheila Silva Ribeiro, de 40.

Para acolher os visitantes, um saxofonista tocou em comemoração aos 90 anos da Escola de Música. Mais tarde, o programa da Rádio UFMG Batuque na Cozinha reuniu cinco músicos em uma roda de samba ao vivo. Atividades como vôlei, badminton e slackline eram orientadas por monitores do Projeto Tô de boa, tô no campus. “Muitas vezes o gestor entende que preservar é fechar, mas penso exatamente o contrário. Quando a comunidade se sente dona do câmpus, pensa numa forma de cuidar”, pontua o professor Luciano Pereira da Silva.

RESPOSTA AO MEDO Se o teste der certo, a ideia é de que o público possa interagir livremente com o espaço e existe até o plano de abrir a Estação Ecológica para organizar grupos de caminhada. Até então, apenas quem tinha vínculo com a universidade era autorizado a entrar no câmpus aos domingos. “A universidade precisa fazer parte do cotidiano da cidade”, justifica a pró-reitora de Extensão da UFMG, Benigna de Oliveira.

Ela também confirmou que o projeto acaba sendo uma resposta ao clima de medo e insegurança que ronda o câmpus.“Entendo que usar o espaço para atividades prazerosas contribui para que universidade seja mais segura e as pessoas queiram cuidar dela.” Em março, o EM flagrou o comércio de drogas no Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) e a Polícia Civil investiga as denúncias. No mês passado, foram registrados ao menos dois assaltos e uma tentativa do mesmo crime em uma área ao lado da Escola de Música.


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