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Estado de Minas

Corregedoria vai apurar causas de pane elétrica no Instituto de Criminalística

Estão sendo levantadas informações sobre os dias e horários em que equipamentos ficaram desligados, além dos funcionários que estavam trabalhando no local. Materiais genéticos podem ter sido comprometidos


postado em 19/11/2014 13:28 / atualizado em 19/11/2014 17:42

A Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais informou na tarde desta quarta-feira que instaurou procedimento para apurar as circunstâncias em que um dos congeladores do Instituto de Criminalística (IC), sofreu uma pane que ameaça comprometer a qualidade do material genético, armazenado para realização de perícias relativas a diversas investigações policiais.

Um perito e um técnico patologista começaram na manhã desta quarta-feira a separar o material de DNA que estragou devido a uma pane no freezer do laboratório de biologia do Instituto de Criminalística (IC) de Belo Horizonte, no último fim de semana. A triagem vai demorar uma semana e o que for salvo será armazenado numa geladeira do Instituto Médico Legal (IML), que não tem condições de receber outras amostras guardadas em dez geladeiras doméstica do IC e que também estão ameaçadas por causa das péssimas condições da fiação elétrica do local.

O diretor do IC, perito Marco Paiva, disse ter encaminhado mais de 30 comunicações à cúpula da Polícia Civil alertando sobre os problemas na rede elétrica. Em 2 de julho, ele disse ter relatado o problema do freezer onde houve o problema e pedido ajustes na rede elétrica. “O laboratório é uma antiga fábrica de cigarros que vem sendo adaptada há 20 anos. Nesse período, a demanda de exames foi crescendo”, disse. Segundo ele, são 230 amostras que podem ter estragado. “São casos de crimes sexuais, de identificação de pessoas desaparecidas, de pessoas desconhecidas que morreram e os parentes nunca apareceram para confrontar o material genético”, disse o diretor do IC. Marco Paiva denunciou que trabalha com dois terços do número de funcionários necessários e que o prédio não tem sistema de prevenção e de combate a incêndios.

Em 7 de maio deste ano, o Ministério Público fez uma vistoria no IC e constatou os mesmos problemas citados pelo diretor, entre outros. O relatório assinado pela promotora de Justiça Maria de Lurdes Rodrigues Santa Gema foi encaminhado à Polícia Civil e nenhuma providência foi tomada, segundo Marco Paiva. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o assunto.

Em nota, a Polícia Civil informou que desde ontem, quando foi identificado o problema, estão sendo adotadas providências no sentido de apurar com clareza e precisão a quantidade afetada e o que foi possível ser preservado, além de adotadas medidas capazes de garantir a conservação do material genético armazenado.

No início da noite de terça-feira, o órgão informou que amostras de DNA que estavam armazenadas em um freezer do Instituto de Criminalística, no Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, poderiam ter sido perdidas durante uma pane elétrica no último fim de semana e que os procedimentos iniciais de reparo haviam sendo tomados. Ainda segundo a Polícia Civil,  o freezer já voltou a funcionar, armazenando novamente o material genético.


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