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Estado de Minas

Minas já tem plano de ação contra o ebola, afirmam autoridades

Hospital Eduardo de Menezes, em BH, é referência para atendimento de casos suspeitos. No interior, orientação é de isolar paciente


postado em 11/10/2014 06:00 / atualizado em 11/10/2014 06:58

As autoridades de saúde de Minas Gerais dizem estar prontas para pôr em prática o protocolo de vigilância e manejo, caso receba paciente com suspeita da febre hemorrágica ebola. No plano, elaborado em agosto pelas secretarias Municipal e Estadual de Saúde, está descrito o fluxo de atendimento que passa pela investigação do caso: isolamento do paciente, transporte feito por equipe paramentada do Serviço Médico de Urgência (Samu) e tratamento no Hospital Eduardo de Menezes, em BH.

O Eduardo de Menezes, especializado no tratamento de doenças infecciosas, é a único no estado autorizado a receber casos suspeitos e com capacidade inicial para isolamento de quatro pacientes. A depender do quadro de saúde, ele pode ser transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. O transporte será feito em avião da FAB, a exemplo do procedimento adotado com o africano.

No interior do estado, a orientação de isolamento também foi repassada a funcionários da saúde, caso alguém relate em unidades médicas que esteja com febre, acompanhada ou não de outros sintomas, e tenha estado nos três países africanos afetados pela epidemia de ebola. Depois de passar por atendimento em área de isolamento hospitalar, o paciente com suspeita da doença será transferido para BH, no helicóptero do Corpo de Bombeiros, por equipe do Hospital Eduardo de Menezes.

Depois que a OMS decretou a doença pelo vírus ebola como emergência, o Ministério da Saúde passou a seguir diretrizes internacionais para enfrentá-la. “Já repassamos as informações para nossas regionais de saúde no estado, por meio de videoconferências. Com a notícia de um caso suspeito, entramos em estado de alerta”, conta a superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador, Deise Santos.

Segundo Deise, não há restrições de viagens para os países africanos que sofrem com a doença, mas diz que a vigilância dessas pessoas deve ser constante. Acrescenta que os funcionários do Aeroporto de Confins e das companhias aéreas estão preparados dar uma resposta de ação e controle, caso lidem com casos suspeitos no ar ou em solo.

Para que o diagnóstico e tratamento dos casos suspeitos tenham êxito, o fluxo de comunicação deve ser ágil, segundo o infectologista e responsável técnico do Serviço de Atenção à Saúde do Viajante da Secretaria Municipal de Saúde, Argus Leão Araújo. Ele destaca a importância do paciente buscar o serviço público de saúde e relatar os sintomas e se houve passagem ou não pelos países africanos.



TIRA-DÚVIDAS

Veja 10 perguntas e respostas sobre o ebola

1 – O que é?


A doença do vírus ebola (anteriormente conhecida como febre hemorrágica Ebola) é grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até 90%. A doença afeta os seres humanos e primatas (macacos, gorilas e chimpanzés).

2 – Quando o ebola foi identificado?


Em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do Rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados hospedeiros prováveis.

3 – Quais são os sinais e sintomas do ebola?


Febre súbita, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e de garganta, vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal, hemorragia interna e externa (em alguns casos).

4 – Como as pessoas são infectadas?

O ebola é introduzido em humanos por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de infectados. Na África, os surtos, provavelmente, originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam carne crua de chimpanzés, gorilas, morcegos, macacos, antílopes e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos na floresta. A confirmação dos casos é feita por exames laboratoriais específicos.

5– O vírus passa de pessoa para pessoa?

O vírus ebola não é transmitido pelo ar. A pessoa infectada pode transmiti-lo por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais e secreções (fezes, urina, saliva, sêmen). A infecção também pode ocorrer se a pele ou membranas mucosas de uma pessoa saudável entrarem em contato com objetos contaminados por fluidos infecciosos de um paciente, como roupa suja, roupa de cama ou agulhas usadas. Em cerimônias fúnebres em que amigos e familiares têm contato direto com o corpo da pessoa falecida também podem representar risco. Pessoas que morreram de Ebola devem ser manipuladas apenas por quem esteja usando roupas de proteção e luvas. O corpo deve ser enterrado imediatamente.

6 – Quando uma pessoa passa a transmitir o vírus?

O período em que a pessoa infectada pode transmitir só se inicia após o surgimento dos sintomas. Durante o período de incubação – intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sintomas e pode variar de dois até 21 dias – não há transmissão.

7 – Qual é o tratamento?

Não há tratamento específico que leve à cura. Alguns métodos experimentais têm sido testados, mas ainda não estão disponíveis para uso geral. O paciente de Ebola requer tratamento de suporte intensivo, realizado em hospitais de referência para doenças infecciosas graves.

8 – Como prevenir a infecção pelo ebola?

Não há vacina para o vírus. Várias estão sendo testadas, mas nenhuma está disponível. Nos países onde há transmissão, o melhor é evitar contato com o sangue ou secreções de animais ou pessoas doentes, ou ainda com o corpo de pessoas mortas em decorrência da doença.

9 – É seguro viajar durante um surto?

A Organização Mundial da Saúde não recomenda restrições de viagens para países onde há epidemia da doença por considerar que o risco de infecção para os viajantes é baixo. Porém, pessoas que viajam para esses países devem evitar qualquer contato com animais ou pessoas doentes.

10 – Como é feita a detecção de casos?


Em locais com serviços de saúde e sistemas de vigilância estruturados. Se uma pessoa vier de um país onde ocorre transmissão e apresentar a doença durante a viagem, a equipe de bordo aplica as normas internacionais para proteção dos demais passageiros. E deve informar as autoridades sanitárias do aeroporto ou lugar de destino para a remoção e transporte do paciente ao hospital de referência.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG)


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