O Anel Rodoviário de Belo Horizonte ficará fechado de 21h desta quinta-feira até 6h de sexta para desmontagem da passarela na altura do Viaduto São Francisco, Região da Pampulha, onde um caminhão arrastou carros e derrubou parte da estrutura. Operários trabalham nesta manhã em cima da passagem, porém o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já informou sobre a interdição à noite, quando deve ser concluído o trabalho de retirada de todo metal.
A cautela é para que peças não caiam na via, atrapalhando ainda mais o trânsito que está em apenas duas faixas nos dois sentidos. Dois caminhões com guindastes tipo munk foram posicionados sob a passarela, no local em que ficava a estrutura de sustentação, para manter a armação em pé. Os veículos ocupam uma faixa da rodovia em cada sentido e há congestionamentos no trecho.
Improvisada
Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação contra a União e o Dnit, exigindo a instalação de passarela no trecho, considerado um dos mais perigosos dos 27,3 quilômetros do Anel Rodoviário, já que era onde os atropelamentos mais ocorriam. O juiz do caso, Lincoln Pinheiro Costa, determinou, em novembro de 2011, que o Dnit providenciasse a estrutura provisória, de modo que fosse substituída quando a revitalização da rodovia tivesse início. A travessia foi aberta em novembro de 2012. O contrato prevê que a retirada do material ocorreria no mês que vem, mas o procedimento foi antecipado, devido ao acidente. Segundo o Dnit, outra licitação já está em curso para escolher a firma responsável por construir nova transposição provisória. A expectativa do órgão federal é de que a passagem seja finalizada até 30 de novembro.
Acidente
Um caminhão que seguia no sentido Rio de Janeiro bateu na mureta que divide as pistas, invadiu a contramão e derrubou o escoramento central da passarela provisória posicionada a alguns metros do Viaduto São Francisco, que faz o cruzamento sobre a Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha. Depois de atravessar a via, o caminhão foi atingido por um Fiat Fiorino e dois outros veículos se envolveram no desastre. A passarela de aproximadamente oito toneladas não desabou, mas, como vários pedaços de ferragem ficaram pendurados, o tráfego permaneceu fechado por quase sete horas, causando um engarrafamento quilométrico, com reflexos nos principais corredores da cidade.
(Com Valquíria Lopes e Guilherme Paranaíba)