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Estado de Minas

Seis meses depois do início da operação, BRT/Move está preso na lentidão

Sistema de transporte e tem problemas para andar mais rápido no trânsito da capital


postado em 07/09/2014 00:12 / atualizado em 07/09/2014 07:20

Bruno Freitas

Promessa de retomada da qualidade do transporte coletivo para os passageiros e agilidade para o trânsito, o Move completa amanhã seis meses de implantação das três primeiras linhas cercado por desafios. O principal deles, a velocidade dos ônibus abaixo do previsto nas vias fora dos corredores exclusivos, o que tem se refletido diretamente na qualidade do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT) oferecido aos usuários.
Dos cinco benefícios para a população anunciados pela BHTrans em 8 de março, quando os ônibus articulados ganharam as ruas, agilidade, conforto, pontualidade, segurança e integração, três são alvo de queixas recorrentes das 400 mil pessoas que hoje usam o sistema: agilidade, conforto e pontualidade. A previsão é de que o sistema, operando em sua plenitude, irá atender 700 mil passageiros/dia nas 81 linhas integradas a quatro estações.


A expectativa inicial era de uma redução de tempo médio de viagem de 50%, mas com os 450 ônibus do tipo padron (com motor dianteiro e suspensão a ar, para 100 passageiros) e articulados (para 144 passageiros) demorando mais tempo do que previsto nas vias de trânsito misto – principalmente no Hipercentro –, 29 das linhas inicialmente previstas não puderam ser implantadas. Gargalos, superlotação e demora na integração das linhas alimentadoras têm colocado em xeque a confiabilidade da principal aposta de mobilidade urbana em Belo Horizonte nos últimos anos.


A solução a curto prazo para a lentidão nas vias de trânsito misto, sinaliza a BHTrans, é a instalação de radares de invasão de faixa exclusiva, coibindo carros e motos que hoje circulam impunes e prejudicam a fluidez do Move. Apesar dos problemas, a empresa que gerencia o transporte e o trânsito na capital defende que já foram alcançados ganhos significativos com o BRT, como a possibilidade de integração entre diferentes linhas de ônibus – pagando uma única tarifa em até três itinerários – e segurança, além de estações com pagamento antecipado, embarque em nível e ônibus de maior capacidade, com ar-condicionado. “No médio prazo, temos a sensação de uma troca modal muita intensa na cidade”, sustenta o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.


Tendo por base o argumento de que todos os ajustes para melhoria de qualidade do Move estão sendo feitos gradativamente, por meio de ferramentas e equipamentos de monitoramento, a BHTrans sustenta que, depois da implantação inicial, em oito fases, a redução da quantidade de ônibus convencionais nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro I e Vilarinho trouxe ganhos importantes em termos de fluidez para veículos particulares.
Na primeira via, o total de coletivos que circulavam na pista mista passou de 293 para 135, redução de 37%. Já na Antônio Carlos, houve redução acumulada de 64%, passando de 354 ônibus convencionais na pista mista para 129.


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