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Estado de Minas

Veja a decepção por todos os cantos


postado em 09/07/2014 07:27

“Não precisava ser tão humilhante. O Brasil vai entrar na história como o país que sofreu a maior goleada na Copa do Mundo de 2014”, afirmou, irada, a bancária Laura Lisboa, de 27 anos, que estava assistindo ao jogo na Praça JK. Os torcedores que estavam no local não escondiam a perplexidade. Aos poucos, fazendo ironia com o resultado, parte da plateia comemorava os gols da Alemanha. A praça, que estava cheia no começo do jogo, se esvaziou significativamente após o final do primeiro tempo. E o que era expectativa dos torcedores se tornou irritação.

A praça JK, local de reunião de torcida maciçamente jovem, começou a tarde cantando emocionada o Hino Nacional. O primeiro gol alemão foi recebido com surpresa, mas a expectativa era de reação. Quando a Alemanha fez mais dois gols, seguidos, veio a decepção, apatia e críticas ao jogo e a seleção. Futebol posto de lado, a plateia se dedicou ao que mais gosta de fazer: paquerar, conversar e fazer selfies. Um taxista, que chegou a praça JK para ver o final do segundo tempo, ao ouvir o apito do juiz, encerrando a partida, sintetizou o sentimento coletivo: “Terminou o pesadelo”. E foi embora.

“Gente, vai ter samba depois do jogo do mesmo jeito”, avisou Elisa Souza, de 47, aos companheiros de bar na Rua Edmon de Souza Melo, no Barreiro de Baixo, que acabavam de ver o atacante alemão Schurrle marcar o sétimo gol em pleno Mineirão. Assustados com o placar vexatório da Seleção, alguns tentaram deixar de lado a derrota e curtir o final do feriado ao som do batuque. Enquanto nos telões o goleiro Júlio César e o zagueiro David Luiz explicavam o que tinha acontecido no gramado, pandeiros e tamborins tentaram reanimar os torcedores. “Afinal de contas, amanhã esses jogadores estarão todos na Europa, curtindo as férias e nós voltamos para a luta. Então vamos sambar”, disse o motoboy Pedro Augusto, de 21. A maioria dos torcedores, no entanto, permaneciam em estado de choque após o apito final.


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