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Estado de Minas

Dor e revolta marcam enterro de jovem morto em tragédia na avenida Pedro I

Charlys Frederico Moreira do Nascimento estava no Fiat Uno que foi esmagado na queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, na tarde de quinta-feira


postado em 05/07/2014 06:00 / atualizado em 05/07/2014 07:25

Amigos e familiares no velório de Charlys Frederico do Nascimento, vítima do desabamento na Pedro I(foto: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS)
Amigos e familiares no velório de Charlys Frederico do Nascimento, vítima do desabamento na Pedro I (foto: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS)


(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)


“Vou às últimas consequências para saber a causa da morte do meu filho. Não quero dinheiro, só respostas”. Com esse desabafo de dor, angústia e revolta, o cuidador de idosos Juarez Moreira de Melo, pai de Charlys Frederico Moreira do Nascimento, morto no desabamento do Viaduto Batalha dos Guararapes, acompanhou, ontem, o enterro do jovem de 25 anos no Cemitério Municipal Campo da Saudade, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “O prefeito falou na televisão que acidentes acontecem. É um absurdo. A obra teria que ser supervisionada pela prefeitura”, disse Juarez.

Amparada por amigos e ao lado do filho Álexis, enteado de Charlys, Cristilene Pereira Sena, de 24, limitou-se a dizer que não acredita em justiça. “Perdi a pessoa que amava. Sinto muita tristeza e sei que simplesmente não vai acontecer nada”, afirmou a mulher da vítima do desabamento. O corpo foi coberto pela bandeira verde da Comitiva Minha Vó Tá Maluca, grupo de cavaleiros de Lagoa Santa do qual participava.

“Ele era louco por cavalos”, contou o amigo de infância Marcyano da Silva Vicente, de 26. “Era um cara tranquilo, humilde, prestativo, bom de coração. Não conseguia falar não a ninguém”, disse Marcyano. Dez minutos antes do acidente, ele passou sob o viaduto da Avenida Pedro I. “Podia ter sido comigo. Isso é resultado da negligência de gente que estudou para construir obras e não causar mortes.”

Poucos minutos depois da chegada do corpo à capela do cemitério, a tia e madrinha de Charlys, Cleusa do Nascimento, desmaiou e foi carregada para a varanda do velório. A amiga da família, Tânia Maria Estêvão Candeias, elogiou o rapaz: “Não bebia, não fumava e era trabalhador”. Funcionário da empresa Soares Engenharia, Charlys trabalhava na área de serviços gerais. O chefe, Clébio Henrique Coelho, não continha as lágrimas. “Vamos sentir muita saudade dele. Foi a melhor pessoa que conheci”, afirmou.

Conforto

Os amigos cavaleiros compareceram com a camisa verde da comitiva. “Charlys estava animado com a exposição agropecuária em Jaboticatubas, em 7 de agosto. Mas estará lá conosco, no coração, pois vamos fazer uma camisa com a foto dele”, informou Francisco Solano da Rocha, ao lado dos cavaleiros Fernando, Carla, Rodrigo, Marlon, Elias e Pablo. Em cada canto do velório, conforto para a família, especialmente para a mãe de Charlys, Ormi Nascimento de Melo, que também perdeu uma filha de 13 anos.


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