O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que a médica cubana Flora Olga Hernandez Fleitas, de 52 anos, que trabalhava no Programa Mais Médicos no município de Catuti, na Região Norte de Minas, e deixou a cidade desde o dia 6 de junho, sem revelar seu paradeiro, deverá ser desligada do programa. O sumiço da cubana acabou deixando sem assistência os moradores do distrito de Barreiro Branco, localidade da zona rural de Catuti, onde ela trabalhava.
O Ministério da Saúde informou que na última quarta-feira expediu notificação endereçada a Flora Olga dando 48 horas a médica cubana para se apresentar ou manifestar alguma justificativa pela sua ausência do município incluído no Mais Médicos, sob risco de desligamento automático do programa. O prazo terminaria nesta sexta-feira e até o final da tarde ainda não havia notícia sobre o paradeiro de Flora. Antes do desaparecimento dela, o programa do governo federal foi abandonado por 14 cubanos, sem justificativa, desde que começou no segundo semestre de 2013. Segundo o Ministério da Saúde, o Mais Médicos conta com 11,1 mil profissionais do país. O governo brasileiro paga R$ 10 mil por mês para cada médico. No caso dos médicos da ilha caribenha, cada profissional recebe R$ 2,9 mil por mês e a diferença vai para o governo cubano.
Conforme o secretário municipal de Saúde de Catuti, Orlando Machado, a médica Olga Flora Fleitas deixou a cidade na manhã do dia 6, quando viajou em um táxi até Montes Claros dizendo que iria participar de um encontro sobre o Mais Médicos. “Mas, descobrimos que não aconteceu nenhuma reunião sobre o programa naquela data”, afirmou Machado. Ainda segundo ele, Flora Olga se hospedou em um hotel em Montes Claros. No sábado, dia 7, ela deixou o hotel, dizendo que iria viajar, mas não revelou o destino e não foi mais vista.