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Estado de Minas

Pais buscam atividades para manter filhos longe dos computadores durante as férias

Recesso escolar foi antecipado em função da Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho


postado em 27/05/2014 06:00 / atualizado em 27/05/2014 06:57

Pedro faz diversas atividades, por decisão da mãe, para evitar ficar apenas ligado nos games(foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.APRESS)
Pedro faz diversas atividades, por decisão da mãe, para evitar ficar apenas ligado nos games (foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.APRESS)

Com a proximidade das férias escolares, antecipadas por causa da Copa do Mundo no Brasil, os pais estão ansiosos para arranjar ocupação extra para os filhos. Caso contrário, crianças e adolescentes tendem a ficar ainda mais tempo no computador. “Já fiz a inscrição do Fernando no curso temporário de natação para as férias e também na orquestra do colégio, que vai continuar a ensaiar em junho. É preciso dar uma cutucadinha para eles saírem de casa”, diz a farmacêutica Jane Vilela Brandão, mãe do adolescente de 14 anos. Ela conta, orgulhosa, que o filho também devora livros, especialmente se o tema for mitologia grega.

Com a palavra Fernando Vilela, que concorda com os planos da mãe. “Se deixar, fico o dia inteiro no computador conversando com meus amigos”, admite o adolescente, que brincava no WhatsApp à tarde, quando a reportagem entrou em contato. “Minha mãe acabou de telefonar para ver se eu estava estudando. Tive de ser sincero, pois, se ela descobrisse depois a verdade, iria me colocar de castigo, sem acesso ao computador”, conta ele, que é incapaz de dizer o número da mãe na conversa pelo telefone. “Posso te passar uma mensagem pelo celular?”, pergunta o jovem.

“Aqui em casa, o ritmo é frenético. Não deixo sobrar tempo, senão ele vai direto para os games”, afirma a advogada Rúbia Borba, de 42 anos. Ela é mãe de Pedro, de 12 anos, que faz atividades complementares todos os dias da semana, menos na sexta-feira, quando costuma passear na casa dos amigos. Além de terapia e de inglês, o adolescente faz futebol, basquete e ginástica. “Não fico com dó, porque ele faz o que gosta. A veia dele é o esporte”, afirma a mãe, que já tentou também matricular o filho em aulas de música e teatro, sem sucesso.

“Se existe algo errado com o filho, que está mais arredio, a culpa não é do celular. Os aparelhos não funcionam sozinhos. Eles representam mais um indício de que a causa do problema”, lembra a pesquisadora da UFMG Luciana Alves. No mestrado, ela investigou a vida de crianças e adolescentes que tinham pouco contato com as ferramentas tecnológicas. “Comparando os testes das crianças que jogavam com as que não jogavam, os resultados mostraram que as usuárias desenvolviam maior atenção e inclusive despertavam o interesse de aprender inglês para lidar com os games.


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