Os Diários Associados foram os grandes vencedores do 1º Prêmio Correios de Jornalismo. O Estado de Minas foi premiado duplamente nas categorias Regional de Jornalismo Impresso e Grande Prêmio nacional, com a série “Minas das cartas”, dos repórteres Luiz Ribeiro e Jefferson da Fonseca Coutinho.
Na série de reportagens publicadas em novembro, a equipe do EM apresentou três gerações de pessoas que, em tempos de smartfones, tablets e redes de amigos virtuais, mantêm laços afetivos por meio de papel, caneta e boa vontade. Em pauta, apaixonados pela escrita, como as duas Marias, velhas amigas, afastadas pelo destino e unidas pelas letras.
Nas cartas da cozinheira Maria Helena, a aposentada Maria da Conceição, de 69 anos, encontrou forças para superar o “inverno na alma” longe dos familiares, na Casa do Ancião. A reportagem revelou também a história de Lourdes Barroso, escritora de Pirapora, às margens do Rio São Francisco, que, durante a maior parte da vida, emprestou as mãos para a boa gente simples que não sabia escrever.
Os repórteres chegaram às duas pontas de correspondência das mais distantes, com a freira Marieta Raimunda dos Santos, em Ibimirim, no sertão pernambucano, a 339 quilômetros do Recife. A carmelita falou da alegria com os textos vindos do Norte de Minas, escritos pela irmã, a carteira Noêmia Raimunda dos Santos, de Juramento.
Da série vencedora “Minas das cartas” participaram ainda os fotógrafos Gladyston Rodrigues, Túlio Santos, Aparício Mansur e Solon Queiroz e o diagramador Carlos Augusto Pereira.
O Correio Braziliense, com a matéria intitulada “Encanto que resiste à internet”, assinada por Thaís Machado Cieglinski Lobo, recebeu o Prêmio Nacional de Jornalismo Impresso. Na reportagem, além de personagens que mantêm vivas as correspondências manuscritas, a repórter traçou linha do tempo de 350 anos dos Correios.