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Estado de Minas

Polícia prende suspeito de extorquir e matar religioso espanhol em BH

Homem morava na capital e teve o corpo queimado em setembro de 2011 em Confins. Segundo a polícia, o suspeito pedia dinheiro para providenciar documentos e regularizar a situação da vítima no país, mas o material era falso


postado em 05/05/2014 12:32 / atualizado em 05/05/2014 12:40

Henrique deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e falsificação de documento público(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Henrique deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e falsificação de documento público (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
A Polícia Civil esclareceu o caso da morte de um missionário espanhol, assassinado em Minas Gerais em 2011. O corpo de Jorge Rodrigues Marco foi encontrado carbonizado em Confins, na Grande BH. O suspeito do crime foi preso neste ano na Região de Venda Nova.

Missionário de uma igreja protestante, Jorge Rodrigues chegou ao Brasil em maio de 2010 para pregar. O visto dele era válido até 3 de agosto daquele ano, mas ele permaneceu no país até o ano seguinte. Pela internet, o espanhol conheceu uma belo-horizontina que morava no Rio de Janeiro e os dois começaram a se relacionar. O casal se encontrou na capital mineira e em 1º de setembro de 2011 ele sumiu após levar a namorada até a rodoviária do Centro.

O corpo do religioso foi achado em uma vala atrás do Aeroporto Internacional Tancredo Neves ainda em chamas. Como não havia nenhum documento, ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) como desconhecido. Paralelamente ao homicídio, a Polícia Civil investigava o caso de um brasileiro que estava extorquindo um espanhol. A vítima havia passado por várias casas falando sobre sua religião e, em uma das visitas, conheceu Henrique Gomes Tavares.

O homem revelou para Henrique que pretendia ficar no Brasil para casar e ter uma família, mas seu visto havia vencido. O estelionatário passou a enganá-lo, pedindo dinheiro para providenciar documentos, mas o material entregue era falso. A vítima começou a desconfiar e pressionou Henrique.

Conforme as investigações, ele e Jorge se encontraram pouco depois da ida à rodoviária, ainda no Centro. A suspeita é de que ele tenha agredido o espanhol e o levado, desacordado ou muito ferido, para Confins, o atirou em uma vala e ateou fogo ao corpo do homem ainda vivo. Oito dias depois do crime. A Polícia Civil recebeu uma denúncia do hotel onde Jorge estava hospedado no Centro dizendo que o cliente havia desparecido, deixando tudo para trás.

Alguns meses depois, os investigadores cruzaram informações e surgiu a suspeita de que o corpo carbonizado em Confins pudesse ser de Jorge Rodrigues, o que foi confirmado com um exame de DNA com familiares das vítima, que já haviam contatado a polícia na Espanha. A polícia também apurou que Henrique Gomes esteve em Confins no dia do crime. A prisão temporária dele foi decretada em março deste ano. O homem foi detido em cumprimento de um mandado de prisão, no Bairro Santa Mônica.

GOLPES De acordo com a Polícia Civil, Henrique negou participação no crime no dia da prisão, mas todas as provas da equipe de investigação mostravam o contrário. Ele já tinha envolvimento em outros golpes, como vendas de veículos que não eram entregues e outros casos envolvendo imóveis, tudo acobertado por parentes. A polícia estima que ele pode ter extorquido R$ 40 mil apenas do missionário espanhol. Ele também tem várias passagens por uso de documento falso. Henrique deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e falsificação de documento público. Durante a apresentação na manhã desta segunda-feira, ele disse que só falaria em juízo. A prisão de Henrique já foi convertida para preventiva.


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