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Estado de Minas EXECUÇÃO

Corregedoria apura denúncia de envolvimento de militares no assassinato de jovem

José Ricardo Venâncio, de 19 anos, foi executado com seis tiros em casa na madrugada desta quarta-feira no Bairro Jardim Vitória. Familiares afirma que três policiais com fardas camufladas estiveram na casa antes do crime


postado em 16/04/2014 11:17 / atualizado em 16/04/2014 11:29

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) vai apurar as denúncias da família do jovem José Ricardo Venâncio, de 19 anos, executado com seis tiros em casa na madrugada desta quarta-feira no Bairro Jardim Vitória, Região Nordeste de Belo Horizonte. Os parentes apontam três militares com autores do crime que aconteceu na Rua Sossego. O comandante do Policiamento Especializado, coronel Antônio de Carvalho, está acompanhando o caso porque a denúncia inicial é de que os militares estavam com fardas camufladas, uniformes usados geralmente por militares dos batalhões de Evento e Rotam.

De acordo com o coronel, os familiares relataram que pouco antes de meia noite, três militares pediram permissão para entrar na casa e, mesmo sem mandado, foram autorizados pela mãe de José Ricardo a entrar. Eles revistaram o jovem e foram embora depois de não encontrar qualquer material ilícito.

Conforme o coronel Carvalho, consta na denúncia que minutos depois, dois homens voltaram à casa e pularam a janela em direção ao quarto de José Ricardo. Enquanto a família foi mantida em um dos cômodos, vigiada por um homem encapuzado, o outro invasor executou o jovem a tiros no quarto. Os dois homens que entraram na residência para matar usavam calça jeans, segundo o relato das testemunhas. Mesmo assim, os familiares estão convencidos do envolvimento de militares na morte de José Ricardo.

Conforme o coronel, os parentes citaram até mesmo o nome de um militar com quem José Ricardo teve um desentendimento anterior. Os familiares disseram que esse policial seria do Batalhão Rotam, mas a PM já verificou e a informação não procede. A Corregedoria acompanha os trabalhos de perícia na casa do rapaz na manhã desta quarta-feira para emitir parecer e caso conclua que houve participação de militares, proceder com as prisões.

“A perícia está indo lá verificar vestígios que podem ajudar a identificar as pessoas que a família está apontando. Até a agora estamos no levantamento de dados e não descartamos nada”, afirma o coronel. Segundo Carvalho, o jovem executado tem passagens pela polícia por tráfico. Conforme o comandante, os homens que voltaram na casa para matar podem não ser militares, pois José Ricardo tinha desentendimentos com rivais do tráfico na região, informação repassada à PM pelos próprios parentes.


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