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Estado de Minas

Famílias de vítimas de assassinato em BH vão à ALMG e cobram leis rigorosas

Audiência foi solicitada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia, que pretende encaminhar os dados debatidos para Brasília


postado em 18/03/2014 15:04 / atualizado em 18/03/2014 16:38

Erlane irmã de Livia Viggiano assassinada na Serra do Cipó esteve na reunião na Assembleia Legislativa.(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Erlane irmã de Livia Viggiano assassinada na Serra do Cipó esteve na reunião na Assembleia Legislativa. (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Revolta, indignação e pedidos de justiça marcaram a audiência pública realizada na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na ocasião, foram ouvidos parentes e amigos de vítimas de assassinatos ocorridos nos meses de janeiro deste ano, em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. A reunião foi feita a pedido da comissão de Segurança Pública da ALMG.

Foram convidados os familiares de Alexandre Werneck de Oliveira e Lívia Viggiano Rocha de Silveira, assassinados em 3 de janeiro na Serra do Cipó, de Christiano D´assunção Costa, baleado e morto em tentativa de assalto no Bairro Buritis, em Belo Horizonte, no dia 29 de janeiro, além de parentes de Matheus Salviano Botelho, assassinado em 7 de fevereiro, com três tiros, quando iria entrar em seu carro no Bairro Hurierrez e, por fim, Anderson Augusto Campolina, morto a tiros em um supermercado, em Esmeraldas, no dia 12 de fevereiro.

O Deputado sargento Rodrigues, vice-presidente da comissão, cobrou punição mais rigorosa e mudanças nas leis para coibir os crimes violentos. “É premente que todos os Poderes constituídos realizem a devida apuração das atuações criminosas que vêm assolando a segurança pública em Minas Gerais, abalando a sociedade”, afirmou. O parlamentar afirmou que a fragilidade da legislação é evidente. “A realização da audiência visa colaborar para a modificação das leis penais e melhorar o efetivo do policiamento”.

Ângela de Maria Fonseca, mãe de Matheus, morto em fevereiro, leu uma carta durante a audiência, cobrando justiça pelo filho. “A impunidade é um convite para o crime. Bandido não é vítima. Bandido é bandido. Eles estão protegidos, e nós? A minha sensação é de impotência”, declarou. Benedito Sérgio de Rezende, tio de Mateus, também cobrou justiça. “É preciso que a gente acorde. Que a gente mude esse sistema, não podemos mais conviver com isso”.

 Número de homicídios


O delegado Wagner Pinto apresentou dados de homicídios em janeiro e fevereiro na capital, Betim, Contagem, Ibirité e outras cidades da Região Metropolitana. De acordo com as estatísticas apresentadas, nos dois primeiros meses do ano foram registrados  295 homicídios nessas cidades, impulsinados, na grande maioria das vezes, pelo tráfico de drogas.

Cerca de 95% dos homicídios registrados são feitos com arma de fogo e 90% dos autores são do sexo masculino. Foram apresentados dois requerimentos, a serem votados: um para a visita da comissão à Brasília e outro para a entrega da filmagem do depoimento dos parentes para a presidência.

 

 

 


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