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Estado de Minas

Capivaras da Pampulha ficarão isoladas até conclusão de exames sobre contágio por maculosa

PBH decide manter roedores presos em uma área que pertence ao parque ecológico


postado em 08/03/2014 05:00 / atualizado em 08/03/2014 06:01

Cerca de 250 animais ficarão confinados temporariamente em área do parque ecológico (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 25/11/13)
Cerca de 250 animais ficarão confinados temporariamente em área do parque ecológico (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 25/11/13)

Aproximadamente 250 capivaras que vivem na orla da Lagoa da Pampulha vão ficar temporariamente cercadas em uma área que pertence ao parque ecológico, na mesma região, até que sejam conhecidos os resultados de exames veterinários feitos nos animais. Apenas depois da conclusão do checape – cujo principal objetivo é definir se os roedores são reservatórios da bactéria causadora da febre maculosa – as capivaras sadias serão encaminhadas a uma área definida pela administração municipal.

Outra medida anunciada pelo vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, é a criação de uma barreira química capaz de bloquear a disseminação do carrapato-estrela, transmissor da doença, que pica as capivaras antes de chegar ao ser humano. O bloqueio será feito com carrapaticidas.

O objetivo dessas medidas é tentar simplificar o manejo das capivaras por uma das seis empresas interessadas no procedimento, já que a Prefeitura de BH estipulou gasto máximo de R$ 250 mil com o plano para controlar os roedores. “Como alguns orçamentos já apresentados extrapolaram esse valor, chegando a R$ 400 mil, estamos adiantando algumas coisas, para que o processo seja mais simples”, afirmou Malheiros.

Técnicos da Fundação Zoo-botânica estão cevando os animais, colocando cana de açúcar nas redondezas do Parque Ecológico. Dessa forma, a administração municipal espera manter os roedores perto de onde ficarão cercados. “A empresa escolhida irá retirar carrapatos, que serão encaminhados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para análise no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, os roedores serão examinados pela Fundação Zoo-botânica”, disse o vice-prefeito. Se ficar constatada a contaminação, os indivíduos doentes serão sacrificados e incinerados, conforme manda o protocolo sanitário, de acordo com Malheiros.

Enquanto aguardam os resultados das análises, as capivaras que estiverem presas terão alimentação regular, cercadas em uma área do parque ecológico. Na próxima quinta-feira o vice-prefeito de BH se reúne com representantes do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para apresentar o plano de manejo, que ainda está sendo elaborado.

A expectativa é de que a empresa que apresente menor preço comece a trabalhar no dia 17. Antes disso, uma cópia do termo de referência firmado entre a administração municipal e o responsável pelo serviço será levada ao conhecimento do Ministério Público estadual, de acordo com o vice-prefeito. Segundo a Fundação Zoo-botânica, como inicialmente não vai ocorrer o transporte dos animais, ainda não foi escolhido o local para o qual as capivaras sadias serão destinadas.

SAIBA MAIS

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. O vetor, que se alimenta de sangue, pode ser encontrado em animais de grande porte, como cavalos, mas também em cães, aves domésticas e roedores. Entre esses últimos, a capivara é considerado o maior dos reservatórios naturais. Segundo médicos, para que haja transmissão da doença a humanos, o transmissor infectado precisa permanecer pelo menos quatro horas fixado na pele. Por isso, carrapatos de menor tamanho são os mais perigosos, pois são mais difíceis de ser vistos. Os sintomas começam repentinamente e no conjunto se confundem com os de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite e desânimo, seguidos do surgimento de manchas avermelhadas na pele, que crescem e tornam-se salientes. Não há vacina. O tratamento, com antibióticos, precisa ser administrado no período inicial da doença.


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