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Estado de Minas

Passageiro lesado duas vezes atesta ineficiência de achados e perdidos de Confirns

Na primeira vez, deixou na esteira uma sacola com latas de chocolate e depois não conseguiu recuperar. Na segunda, deixou seu laptop recarregando no saguão de embarque e não pôde volta


postado em 14/01/2014 06:00 / atualizado em 14/01/2014 07:16

Por duas vezes um cientista da computação de BH, que prefere não se identificar por receio de ser prejudicado em futuras viagens, esqueceu pertences em áreas restritas do aeroporto de Confins e teve problemas para reaver os objetos. Na primeira vez, há um ano e meio, quando retornou da Suíça, deixou na esteira uma sacola com latas de chocolate. Como só se lembrou quando estava em casa, pediu à namorada, que chegou quatro horas depois em outro voo, para trazer as mercadorias, que seriam dadas de presente. “Não deixaram a minha namorada pegar. Tive de ligar para a Infraero e para a companhia aérea. Depois de mais de um hora consegui que a entregassem a sacola”, lembrou. Mas quando os parentes abriram as latas, tiveram uma surpresa. “Estavam vazias. Comeram os doces e lacraram as latas antes de nos devolver”, afirmou.

Outro descuido mostrou a ineficiência de um dos atendentes do setor de achados e perdidos da Infraero. Ao embarcar para o Rio, o cientista lembrou, já dentro da aeronave, que tinha deixado seu laptop recarregando no saguão de embarque. “Os comissários de bordo não me deixaram voltar, mas por rádio disseram que tinham recolhido o aparelho e me deram um protocolo”, contou.

Recuperar o computador não foi fácil. Ao chegar à sala indicada, o cientista disse que só havia um atendente, que este disse estar ocupado. “Dava para ver que ele estava assistindo novela e só me atendeu 10 minutos depois, no intervalo”. Nem mostrando o protocolo, conseguiu reaver o aparelho. “O atendente disse que tinha de saber o dia. Falei que foi sexta-feira. Ele perguntou a marca e a cor. Falei branco e cinza. Ele disse que não tinha e mandou voltar depois”, lembra. O dono do computador então virou o monitor para si. “Estava registrado notebook branco e cinza. Disse que notebook e laptop são a mesma coisa. Ele disse que eu tinha de provar que o laptop era meu. Falei que tinha a senha, mas o aparelho estava sem bateria. Peguei o cabo e passei de fora do balcão para dentro, digitei a senha e, enfim, ele me liberou”.

Prevenção

A Infraero informou que desconhece casos de furtos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alegou que não tem levantamento sobre ocorrências com bagagens por aeroporto. Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou: “As companhias aéreas têm investido em novas tecnologias e capacitação de suas equipes de manuseio para conter ao máximo eventuais problemas com bagagens de passageiros”. A entidade afirmou ainda que qualquer irregularidade com bagagens deve ser informada à companhia aérea. E que os passageiros devem adotar medidas preventivas, como identificação com etiquetas e uso de lacres, cadeados e filmes de proteção.


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