Duas viaturas do Corpo de Bombeiros de Bombeiros de Belo Horizonte se deslocaram, no início da tarde desta quarta-feira, para atender a um chamado de incêndio em uma madeireira na Rua Padre Pedro Pinto, 612, em Venda Nova. Até aí, nada de anormal, se levado em conta a rotina da corporação. No entanto, o problema, "de verdade", só foi constatado quando oito homens chegaram ao local e constataram que sequer havia uma madeireira no endereço.
De novo, os bombeiros caíram na cilada do trote, que segundo o sargento Rogério Viana, de plantão neste primeiro dia do ano de 2014, consome 60% das ligações. “A maior parte deles (trotes) conseguimos filtrar, mas em uma caso desses, um homem, que se identificou como Rogério, dizia que as chamas estavam altas no local”, contou o sargento.
O bombeiro lembra que o “filtro” para barrar trotes costuma não incluir os casos de incêndio. “Não dá para pagar para ver, né? Esperar mais de uma ligação para nos deslocarmos”, explica. De acordo com Viana, quem pratica esse tipo de “pegadinha” demonstra “falta de educação para exercer a cidadania”, O bombeiro destaca que, além de prejudicar a agilidade no atendimento de outras ocorrências, há um custo arcado pelo contribuinte. “Claro que não deixamos de atender nenhuma ocorrência em função do trote, mas, com certeza, o tempo resposta aumenta, em vez de diminuir, e quem paga os custos somos todos nós, inclusive, quem fez o trote”, conclui.