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Estado de Minas

MP faz pressão por julgamento de manifestantes presos em protestos

Promotor acredita que a punição dos acusados de vandalismos e violência nos protestos em Belo Horizonte servirão de exemplo para que os fatos não se repitam durante a Copa do Mundo


postado em 05/12/2013 06:00 / atualizado em 05/12/2013 07:43

Os protestos durante o Sete de Setembro na capital mineira terminaram em confronto com policiais militares no Centro(foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS - 7/9/13)
Os protestos durante o Sete de Setembro na capital mineira terminaram em confronto com policiais militares no Centro (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS - 7/9/13)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) quer a realização do julgamento dos manifestantes presos durante os protestos em sete de setembro antes da Copa de 2014. Segundo o coordenador estadual das Promotorias Criminais, Marcelo Mattar, o objetivo é deixar claro que não haverá condescendência em caso de abusos em novas manifestações. ''Esperamos mais protestos antes da Copa e precisamos mandar um recado à sociedade'', avaliou o promotor. Mattar foi o responsável pela denúncia de 13 manifestantes durante o Sete de Setembro por incitação ao crime, formação de quadrilha, corrupção, dano (parte do grupo) e desacato. O processo corre na 7ª Vara Criminal. A expectativa do promotor é de que as audiências com os acusados comecem até março.

Na última segunda-feira a Justiça do Rio de Janeiro condenou o primeiro participante dos protestos de 2013. O morador de rua Rafael Braga Vieira, de 26 anos, foi sentenciado a cinco anos de prisão em regime fechado. Em 20 de junho, na primeira onda de manifestações, o acusado foi preso supostamente com dois coquetéis molotov no Centro do Rio de Janeiro. A organização não governamental (ONG) Rio na Rua, que auxiliou na defesa de Rafael, diz que o morador de rua portava, na verdade, garrafas de um tipo de desinfetante. Ele já tinha duas acusações por roubo e permanece preso na Casa de Custódia Cotrim Neto, em Japeri, Zona Norte do Rio.

Sobre os protestos de junho em Belo Horizonte, Marcelo Mattar afirmou que as investigações estão em ritmo lento por dificuldades de identificação dos manifestantes.''Muitos usavam capuz%u201D, argumenta. Entre os 13 acusados dos protestos em sete de setembro na capital mineira, os que ficaram mais tempo na prisão ''26 dias'' foram Enieverson Mendes Rodrigues, conhecido como Ameba, líder da banda punk Ataque Epiléptico, e o também morador de rua Rodrigo Gonzaga Avelar. Além dos 13, três menores foram levados para a Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, ouvidos e liberados no mesmo dia dos protestos. A ativista Heloísa Greco, representante do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, entidade que ajuda na defesa dos acusados na Justiça, não quis conversar com a reportagem do Estado de Minas sobre eles.

Histórico Os protestos do Dia da Independência vieram na esteira das manifestações de junho, ocorridas durante a Copa das Confederações. Um dos argumentos era a destinação de recursos para a realização do Mundial de Futebol no país em contraste com a falta de investimentos de prefeituras, estados e União em segurança, saúde e educação. Em Belo Horizonte os protestos naquele dia terminaram em confronto com a polícia, que usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Os protestos ocorreram em pontos como a Praça Sete, Avenida Afonso Pena próximo à prefeitura e perto da chamada 3ª Àrea Integrada de Segurança Pública (Aisp), na Praça Raul Soares.


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