
Foi enterrado, na tarde desta quarta-feira, o corpo do criminalista Jayme Eulálio de Oliveira, de 37 anos, morto a tiros nessa terça-feira quando chegava em seu prédio no Bairro Castelo, na Região da Pampulha. Mais de 40 tiros foram disparados de uma pistola ponto 40 e de um fuzil 556, contra o veículo em que o advogado estava. Investigadores da delegacia de homicídios Noroeste irão analisar imagens de câmeras de segurança de imóveis vizinhos para tentar identificar os suspeitos do crime.
O corpo de Jayme foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) por volta das 13h e seguiu para o cemitério, onde aconteceu o velório e o sepultamento. As duas cerimônias foram realizadas de forma reservada. A imprensa foi impedida de entrar no local a pedidos dos familiares do advogado. Nenhum parente quis dar entrevista. O enterro aconteceu por volta das 18h.
O criminalista foi assassinado na noite dessa terça-feira. Jayme se preparava para entrar com seu Ford Fusion na garagem do edifício localizado na Cecília Fonseca Coutinho quando foi fuzilado. A polícia acredita que tenham sido disparados mais de 40 tiros contra ele. Cápsulas de pistola calibre 40 e de fuzil 356, de uso restrito das Forças Armadas, ficaram espalhadas pela rua.
Pessoas próximas ao advogado disseram à polícia que ele atuava, principalmente, na defesa de traficantes. Jayme atuava também na defesa de policiais militares na Justiça Militar de Minas Gerais. O crime ocorreu por volta das 19h15. Uma testemunha disse aos policiais que a ação foi muito rápida e que viu dois homens fugindo em um carro.

No dia do furto, foram levadas quatro pistolas, uma submetralhadora calibre .40 e um fuzil 556. A ligação do dois crimes foi levantada depois que foram encontradas cápsulas semelhantes as usadas nas armas levadas da companhia em volta do carro do defensor. Outra hipótese é que o assassinato teria sido motivado por retaliação de algum traficante insatisfeito com a defesa promovida pelo advogado
Os investigadores, por meio da assessoria da Polícia Civil, informaram que as investigações estão avançadas e que as hipóteses não passam de especulação.
(Com informações de Pedro Ferreira e Daniel Silveira)
