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Estado de Minas

Mineiras estão entre vítimas de naufrágio em Macapá

Barco Motor "Capitão Reis I" virou após o Círio fluvial de Macapá (AP), matando pelo menos 12 pessoas. Bombeiros retomam na manhã deste domingo as buscas por seis desaparecidos


postado em 13/10/2013 08:33 / atualizado em 13/10/2013 13:10

Marli Lourenço Dias, 67 anos, está na lista de mortos do governo do Amapá(foto: Reprodução Facebook)
Marli Lourenço Dias, 67 anos, está na lista de mortos do governo do Amapá (foto: Reprodução Facebook)
Os bombeiros retomaram, na manhã deste domingo, as buscas por seis desaparecidos do naufrágio do Barco Motor "Capitão Reis I", que virou após o Círio fluvial de Macapá (AP). Pelo menos 12 pessoas morreram e 34 foram resgatadas com vida. Entre as vítimas do acidente estão as mineiras Marli Lourenço dias, 67 anos, encontrada morta, e a filha dela, Marliana Dias Ferreira, listada pelas autoridades como desaparecida. As duas saíram de Belo Horizonte e moravam na cidade onde ocorreu o acidente. Um filho de Marliana também está sumido.

O naufrágio aconteceu por volta das 10h30 de sábado, de acordo com informações da Capitania dos Portos do Amapá, órgão responsável pelas atividades de navegação no estado. A embarcação saiu de Santana (AP) por volta das 7h30, junto com outros 37 barcos que participaram da procissão que levou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até Macapá. O barco estava alugada para o Sindicato dos Servidores Públicos Federais Civis no Estado do Amapá (Sindsep), transportando aproximadamente 60 pessoas. No retorno para Santana, a embarcação virou em frente a uma região conhecida por Igarapé das Pedrinhas.

Marliana Dias Ferreira é de Belo Horizonte e está desaparecida(foto: Reprodução Facebook)
Marliana Dias Ferreira é de Belo Horizonte e está desaparecida (foto: Reprodução Facebook)
"Não sabemos como o acidente aconteceu, vamos ter que apurar", afirmou Carlos Neves, capitão dos Portos no Amapá, representante da autoridade marítima estadual. Segundo ele, não havia indício de superlotação. Neves disse que foi feita uma vistoria dos barcos na saída para a procissão. Na embarcação havia coletes, segundo Neves.

"Era uma embarcação nova, construída em 2010, e recentemente fiscalizada pela Capitania. O que aconteceu foi um infortúnio", disse Neves. A embarcação deveria ter três tripulantes, e todos estavam lá, de acordo com Neves. Ainda não há informações se, além do comandante, houve outros mortes entre os tripulantes.

O naufrágio foi num trecho raso, e as condições climáticas eram boas, não tinha vento", contou. A profundidade no local varia de 1,5 metro a cinco metros, dependendo do nível da maré. No horário do acidente a maré estava cheia, segundo Neves. Pela tarde, metade da embarcação permanecia dentro do rio, e a outra parte para fora.

O capitão dos Portos no Amapá estimou que o naufrágio deve ter durado menos de cinco minutos, e disse que a maioria da pessoas foi resgatada por embarcações que estavam nas proximidades. O inquérito que será realizado pela Capitania dos Portos apontando as causas do acidente tem até 90 dias para ser concluído.

Barco Motor
Barco Motor "Capitão Reis I" que virou após o Círio fluvial de Macapá (AP) (foto: Arquivo Pessoal)
Trabalhos

O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBMAP) prestou socorro às vítimas com duas lanchas próprias que estavam acompanhando o evento e com a ajuda de outras embarcações que apoiaram o resgate. Na embarcação naufragada havia dois bombeiros atendendo a solicitação do Sindsep.

Ao todo, foram envolvidos 50 bombeiros das guarnições de Macapá e de Santana, sendo que duas equipes de mergulhadores permaneceram no local até às 18h30 de sábado procurando por vítimas. Após esse horário, as buscas foram suspensas em função da falta de visibilidade, e retornaram por volta de 7h deste domingo.

A Secretaria de Estado da Saúde mobilizou todas as unidades públicas e privadas de saúde de Macapá e de Santana que ficaram de prontidão para receber as vítimas, bem como recebeu o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá. Os carros de resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos bombeiros, além da Infraero, foram direcionados aos locais de desembarque das vítimas, na entrada do Igarapé das Pedrinhas, no Estaleiro Souzamar e na praia da Fazendinha, além do Porto de Santana.

As equipes de emergência do Hospital de Pronto-Socorro Oswaldo Cruz foram reforçadas com três médicos do Corpo de Bombeiros Militar do AP e mais as equipes do Samu, e os servidores que estavam de folga foram convocados para atender a emergência. O Hospital de Santana também atuou como porta de entrada. O número de feridos que deram entrada nessas duas unidades de saúde foi de 16 pessoas.

(Com Agências)

(foto: Arquivo Pessoal)
(foto: Arquivo Pessoal)


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