(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Casa de acolhimento é promessa de mais proteção para mulheres em Minas Gerais

Local vai facilitar o acesso das vítimas de violência aos serviços públicos


postado em 12/10/2013 06:00 / atualizado em 12/10/2013 07:04

"A ideia da Casa é dar atendimento integral, quando essa mulher decidir denunciar" - Aparecida Gonçalves (foto: Elza Fiuza/Abr - 10/8/10)
Minas Gerais aderiu ao programa Mulher viver sem violência, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e, como reforço ao enfrentamento da violência de gênero, ganhou do governo federal dois ônibus adaptados para atendimento às mulheres na zona rural do estado. Em visita a Belo Horizonte, onde assinou termo de cooperação com os governos estadual e municipal, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ministério Público, a ministra Eleonora Menicucci disse que a Casa da Mulher Brasileira deve estar instalada no Centro da capital no primeiro semestre do ano que vem.

O local vai facilitar o acesso de vítimas aos serviços públicos de segurança, Justiça, saúde, assistência social, acolhimento e orientação para trabalho. “É mais um passo decisivo para a quebra da impunidade dos crimes de violência contra as mulheres”, salientou a ministra.

O programa já funciona em sete capitais e a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em BH está prevista para junho. O prédio funcionará na Avenida do Contorno, 777, no Centro, perto da Praça da Estação. Ali, mulheres em situação de violência receberão assistência, atendimento psicológico e até abrigamento. Registros de ocorrência e audiências também ocorrerão neste local, evitando que a vítima precise comparecer a diversos endereços.

“A ideia da Casa é dar atendimento integral, quando essa mulher decidir denunciar. Primeiro ela vai à delegacia, depois tem que andar bastante para ir ao juizado, no outro dia volta à defensoria... Queremos oferecer tudo no mesmo espaço”, explica a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves. Segundo ela, para que a mulher vítima de violência não dependa mais financeiramente do parceiro agressor, a Casa oferecerá qualificação profissional e possibilidades de inclusão no mercado de trabalho.

ÁREA RURAL Já os ônibus para atendimento em áreas rurais custaram R$ 500 mil cada um e ainda serão mantidos por dois anos pelo governo federal. Um dos veículos, que tem salas para registro de ocorrência e carrega 50 cadeiras para palestras em áreas externas, ficará no Vale do Jequitinhonha.

Vigésimo estado em assassinatos de mulheres, Minas tem sete municípios entre os 100 com maior incidência de mortes no país, de acordo com o Mapa da Violência 2012: Patrocínio, Coronel Fabriciano, Vespasiano, Nova Serrana, Betim, Esmeraldas e Paracatu. Segundo dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – Belo Horizonte registrou 3.544 ligações no primeiro semestre deste ano. A cidade ocupa a 17ª posição em atendimentos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)