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Estado de Minas

Polícia conclui inquérito e indicia seis pessoas por tráfico de crianças em Betim

O delegado responsável pelas investigações informou que vai pedir a soltura da executiva presa por causa do crime. Ele acredita que ela não irá atrapalhar nas investigações


postado em 18/09/2013 19:16 / atualizado em 18/09/2013 20:00

A executiva Eliane Azzi é apontada como a intermediadora da venda da criança(foto: Reprodução/Facebook)
A executiva Eliane Azzi é apontada como a intermediadora da venda da criança (foto: Reprodução/Facebook)

O inquérito sobre um esquema de vendas de bebês, descoberto pela Polícia Civil na última terça-feira em Betim, na Grande BH, foi concluído nesta quarta-feira. O delegado Tito Barichello, da 3ª Delegacia de Betim, indiciou seis pessoas por tráfico de crianças, falsidade ideológica, entre outros crimes. As investigações vão continuar para tentar encontrar mais indícios do grupo.

O caso foi descoberto na última semana. A executiva Eliane Cristina Gonçalves Figueiredo Azzi,de 37 anos, foi presa em flagrante quando aguardava a alta de um recém-nascido no hospital Regional de Betim. A mãe do bebê, Janaína Resende Carvalho, de 24, deu entrada com documentos falsos, não quis amamentar o menino e despertou a desconfiança de assistentes sociais. No smartphone de Eliane, a polícia encontrou mensagens em que ela orienta Janaína a informar dados falsos e inventar uma história sobre a criança, que seria entregue ao casal, Selena Castiel Gualberto, de 34, e Breno Azevedo, que são moradores de Porto Velho (RO).

No hospital, Eliane contou com a ajuda da funcionária da prefeitura de Betim, Cláudia Gonçalves Denise Giani, que tentou pressionar os médicos para dar alta para o bebê. O marido de Eliane, Alexandre Azzi, também foi indiciado pela polícia.

Todos os seis envolvidos irão responder pelo crime de tráfico de crianças, cuja a pena é de um a quatro anos, e falsidade ideológica. Selena também vai responder por parto suposto, quando a pessoa toma um parto alheio como o próprio. As outras cinco pessoas responderão como partícipes deste crime.

O delegado Tito Barichello informou que o crime foi cometido porque o casal não podia ter filhos. “Ficou constatada que a motivação do crime por parte da Selena e do marido é a mesma dos casais que não tem filho e que não podem tê-los. E com isso buscam a compra ou a doação ilegal”, explicou. Ficou comprovado que o casal fez dois depósitos para Janaína. Um no valor de R$ 500 e outro de R$ 1,5 mil.  Barrichello adiantou que vai pedir a soltura da executiva Eliane Cristine, pois acredita que ela já não pode mais atrapalhar nas investigações.

Delegado vai abrir inquérito preliminar para investigar o caso(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Delegado vai abrir inquérito preliminar para investigar o caso (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
O inquérito será remetido nesta quinta-feira para a Justiça. Na próxima semana, será iniciada um inquérito complementar para dar continuidade as investigações. O blog onde Janaína postou informações para a doação da criança, também será alvo das apurações.

Denúncia pode complicar indiciado

Enquanto o delegado dava entrevista sobre o caso na tarde desta quarta-feira, a polícia recebeu uma denúncia anônima, via 181, sobre o caso. Um investigador, que não se identificou, informou que se as informações forem confirmadas, o grupo também poderá responder por formação de quadrilha. O delegado explicou que eles não foram incluídos neste crime, pois se juntaram para praticar apenas um crime e a formação de quadrilha é comprovada quando há a união para cometer vários delitos.


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