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Estado de Minas

Corpo de mineira assassinada na Itália será enterrado neste sábado em Uberlândia

O velório está marcado para começar na noite desta sexta-feira na cidade. O empresário italiano Claudio Grigoletto, que está preso por causa do crime, confessou o assassinato


postado em 13/09/2013 19:10 / atualizado em 13/09/2013 20:42

Marília Martins estava grávida de cinco meses do empresário suspeito do crime(foto: Reprodução/Facebook)
Marília Martins estava grávida de cinco meses do empresário suspeito do crime (foto: Reprodução/Facebook)

O corpo da turismóloga mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, assassinada na Itália no início deste mês, será enterrado neste sábado em Uberlândia, na Região do Triângulo Mineiro. O empresário italiano Claudio Grigoletto, que está preso pelo crime, confessou o homicídio. Para a família da vítima, a confissão foi uma estratégia do homem para escapar da prisão perpétua.

O translado do corpo foi feito na madrugada desta sexta-feira. Os restos mortais chegaram no aeroporto de São Paulo por volta das 5h, porém os trâmites legais atrasaram o transporte para Uberlândia. “Tem toda uma burocracia. O corpo tem que passar pela receita federal e na vigilância sanitária. Ele deve chegar em Uberlândia nesta noite”, explica o promotor Fernando Martins, que é tio de Marília. O velório está marcado para acontecer ainda nesta noite. O enterro será neste sábado no Cemitério Bom Pastor.

A jovem foi encontrada morta no dia 30 de agosto no escritório da Alpi Aviation do Brasil, na cidade de Gambarra. Ela vivia há 14 anos na Itália. Durante as investigações, a polícia descobriu que ela e o patrão tinham um caso e a jovem estava grávida de cinco meses. Casado e pai de outros dois filhos, Grigoletto teria matado a jovem para “salvar o casamento”.

O tio de Marília elogiou a investigação das autoridades italianas. “Eu fiquei confortável com o nível de investigação feita pelo promotor Ambrogio Cassiani. Demonstrou ter um excelente conhecimento dos fatos e conseguiu bastante fatos probatórios. Usou artifícios que a polícia mineira não tem”, comentou Martins.

Informações de jornais italianos dão conta de que o empresário confessou o assassinato da mineira nesta sexta-feira. Grigoletto disse que os dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher teve após a queda. Essa versão, no entanto, é contestada pelos investigadores. A perícia feita pela polícia italiana mostrou que a jovem morreu por estrangulamento, não em decorrência de uma queda.

Para Martins, a confissão pode ser uma estratégia do empresário para se livrar da prisão perpétua. “No processo penal italiano, quando o réu confessa ele cai em uma situação de processo primário e negocia a pena. Neste caso tem que cumprir no mínimo 20 anos e depois poderá ser solto. No procedimento normal ele pegaria prisão perpétua. Com certeza a confissão foi uma estratégia. Mas tem uma outra visão, porque na parte cível ele terá de indenizar a família da vítima”, afirmou o tio de Marília.

Amigos de Marília fizeram um protesto na tarde desta sexta-feira na Itália(foto: Stefano Mayer/Divulgação)
Amigos de Marília fizeram um protesto na tarde desta sexta-feira na Itália (foto: Stefano Mayer/Divulgação)


Protesto

Na tarde desta sexta-feira, membros da comunidade ítalo brasileira na cidade de Bergamo participaram de uma manifestação contra a morte da brasileira e em apoio à família da jovem. A intenção do grupo é sensibilizar as autoridades e a população para o combate aos crimes violentos, especialmente contra as mulheres. 

 


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