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Estado de Minas

Moradores aderem o uso de bicicletas para fugir do trânsito de BH


postado em 09/09/2013 06:00 / atualizado em 09/09/2013 06:51

Na loucura do trânsito, ela pode ser alternativa para quem vai ao trabalho e escola ou está apenas a fim de um passeio. Mas, para que isso ocorra, é preciso dar o primeiro passo – ou melhor, a primeira pedalada. Na tarde de ontem, voluntários do movimento Bike Anjo, existente em Belo Horizonte desde fevereiro do ano passado, ensinaram o caminho das duas rodas a gente de todas as gerações no Parque Municipal Américo René Giannetti, na Região Central. Quem foi gostou da experiência e promete comprar a magrela “voando”.

O auxiliar administrativo Jeferson Martins, de 38 anos, morador do Bairro Camargos, na Região Noroeste da capital, alimentava desde criança o sonho de pedalar. Ao lado de Thiago Tiganá, um dos instrutores da Escola Bike Anjo (EBA), Jeferson se mostrou calmo e bem-humorado. “Quando tinha 5 anos, peguei a bicicleta do meu irmão mais velho e ele não gostou do que viu. Mandou que eu descesse logo e não pegasse mais. Então, todas as vezes que via a bike dele, ficava com muita raiva”, contou.

Ao ver nas redes sociais o serviço prestado pelo grupo, Jeferson decidiu vencer o trauma. Na tarde de ontem, estava sorridente sobre a bike. “Estou seguro, satisfeito”, garantiu, principalmente ao ouvir as instruções de Thiago: tranquilidade e equilíbrio. O voluntário lembrou que a topografia de BH, com muitos morros, não deve intimidar ninguém. “No princípio, a pessoa pode estranhar, mas com o tempo se acostuma”.

O bike anjo Guilherme Tampieri reforçou o apelo às autoridades para que ciclistas possam entrar nos parques municipais com suas bicicletas e pedalar por lá, atividade ainda proibida. “Estamos com a EBA aqui pela primeira vez. Antes, no Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rêgo, na Pampulha, falamos sobre a proposta”, disse Tampieri.

MOBILIDADE A aposentada Glória Abreu Cunha, de 62, viúva, mora em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e conta que só agora as bibicletas surgem com intensidade na paisagem local. “No meu tempo de menina, eram os cavalos. Hoje, só tem carro e moto, o trânsito está impossível”, afirmou. Em BH para visitar a filha, ela recebeu incentivo do genro e foi à luta para aprender a pedalar. “Primeiro foi o medo, depois a falta de oportunidade. Agora ninguém me segura. Estou feliz”, afirmou Glória, disposta a comprar a magrela assim que chegar à cidade natal.

O instrutor Javert Denilson adianta que são necessárias cinco aulas para o aluno aprender. O sobrinho de Glória, Daniel de Abreu, de 12, morador do Bairro Santa Tereza, na Região Leste, se entusiasmou e conseguiu de primeira. “Por enquanto, quero a bicicleta mais para hobby.” Já a pedagoga Ana Maria Santana, de 63, moradora de Contagem, na Grande BH, pensa na mobilidade. “Sou de uma geração em que meninas não podiam andar de bicicleta. Vou me organizar para ter uma bike. A prática ainda ajuda a queimar calorias” O bike anjo Guilherme Gomes, de 23, aprendeu a pedalar no ano passado e contou que desde então usa bicicleta para lazer e transporte.


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