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Estado de Minas

Mineiros relatam terror em voo da TAM que enfrentou turbulência

Turbulência de 10 segundos em avião da TAM que fazia a rota Madri-Guarulhos deixa 15 feridos. Dois são mineiros


postado em 03/09/2013 07:19 / atualizado em 03/09/2013 07:23

Mineiro de Uberlândia, o gerente de obras Nilton Santos teve escoriações e foi atendido no aeroporto(foto: Mauri Melo / O Povo / Agencia O Globo)
Mineiro de Uberlândia, o gerente de obras Nilton Santos teve escoriações e foi atendido no aeroporto (foto: Mauri Melo / O Povo / Agencia O Globo)
São Paulo – Uma turbulência de apenas 10 segundos no voo 8065 da TAM, vindo de Madri, na Espanha, com destino a Guarulhos (SP), deixou 15 pessoas feridas e obrigou o avião a fazer um pouso de emergência, na madrugada de ontem, no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Entre os feridos, estava um casal de Uberlândia, que foi atendido no aeroporto e embarcou novamente para São Paulo. Uma das passageiras, a colombiana Tatiana Roncancio, de 32 anos, sofreu uma fratura na coluna. De acordo com o Hospital Instituto Dr. José Frota, de Fortaleza, apesar disso ela está conseguindo mexer os membros, inclusive as pernas. Tatiana também teve uma luxação no cotovelo.

A colombiana e outra estrangeira, a peruana Graciela Aguilar, de 52 anos, eram os únicos feridos que permaneciam internados até o início da noite de ontem. Graciela também teve um trauma cervical, mas os exames não apontaram fratura na coluna. Segundo a assessoria do hospital, elas se chocaram contra o teto do avião no momento da turbulência.


O voo partiu às 18h11 (horário de Brasília) da Espanha e deveria chegar ao aeroporto internacional de Guarulhos às 4h55. Segundo relatos de passageiros, a turbulência ocorreu por volta da 1h, em região próxima à linha do Equador. Segundo a TAM, dos 15 feridos, três eram tripulantes da aeronave. Dos 168 passageiros, 121 embarcaram novamente para São Paulo em outro voo da TAM, no início da tarde.

O casal de Uberlândia (MG) relatou os momentos de tensão. “Foi horrível, eu não gosto de ficar lembrando, porque foi horrível. Eu bati com a cabeça e fez um galo. Muita gente se machucou, quem estava sem cinto machucou”, disse a funcionária pública Luciana Melo, de 48 anos. O marido dela, o gerente de obras Nilton Santos, de 50 anos, machucou as costas. “Achei que eu ia morrer. A primeira coisa que eu fiz foi pedir a Deus, rezei muito”, afirmou ele. Ambos embarcaram ontem mesmo para São Paulo, para pegar a conexão à cidade mineira.

 

O avião teve que fazer um pouso de emergência em Fortaleza, onde dois feridos foram internados, um deles com fratura na coluna(foto: Mauri Melo / O Povo / Agencia O Globo)
O avião teve que fazer um pouso de emergência em Fortaleza, onde dois feridos foram internados, um deles com fratura na coluna (foto: Mauri Melo / O Povo / Agencia O Globo)
 

 

Impacto

Os passageiros contaram que a turbulência foi muito forte e de rápida duração, cerca de 10 segundos, mas suficiente para que pessoas fossem arremessadas contra o teto do avião. "O suficiente para jogar longe todo mundo que estava sem cinto", afirmou o programador Ricardo Pontes, de 23 anos. Segundo ele, não houve tempo para que o aviso de colocar os cintos de segurança fosse acionado. “Teve gente que bateu e cortou a cabeça, que machucou o nariz. Várias partes do avião foram danificadas com o impacto da batida de cabeças. Muita gente entrou em pânico. Uns choravam e outros rezavam. Não aconteceu nada comigo porque eu estava sentado e usava cinto de segurança”, relatou Pontes. Segundo ele, muitos começaram a gritar, desesperados. “Deu um pouco de medo. Parecia que ia cair ou que o avião tinha batido em alguma coisa. Uma senhora que estava de pé, aguardando para ir ao banheiro, caiu em cima do próprio braço e teve uma fratura”, contou ele.

O advogado Ricardo Ramires, de 33 anos, conta que "o céu estava limpo" no momento do incidente. "Pelo que vi, não estava nublado, não tinha tempestade, nada disso. Simplesmente foi uma coisa repentina", disse. "Foi muito rápido, eu estava meio adormecido, não parecia que a gente estava em uma zona de turbulência. Teve uma quedinha pequena e de repente um estrondo, acho que foi mais das coisas que bateram. As pessoas que estavam sem cinto acabaram se machucando porque bateram no teto", lembra Ramires.

Logo após o episódio, bombeiros e uma médica a bordo prestaram os primeiros socorros aos feridos e o comandante decidiu pousar em Fortaleza. A maioria foi atendida no aeroporto. Em nota, a TAM afirmou que "lamenta o ocorrido e está prestando a assistência necessária a seus passageiros e funcionários".


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