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Estado de Minas

Concreto do BRT da Avenida Cristiano Machado é arrancado

Uma inspeção de qualidade apontou problemas no piso que já estava pronto. A Sudecap afirma que a demolição do pavimento não vai ter custos ao município, mas esse já é o terceiro episódio de 'derrubada' de trechos prontos do BRT


postado em 21/05/2013 10:43 / atualizado em 21/05/2013 17:55

A empreiteira Constran, contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte para construção das estações do (BRT, transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês), está demolindo 105 metros quadrados de concreto na Avenida Cristiano Machado, na altura do Bairro Ipiranga, na Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), a quebra do pavimento -  entre as ruas Alberto Cintra e Jacuí - é um reparo decorrente de inspeção de qualidade, que apontou problemas. Ainda de acordo com o órgão, a demolição não vai ter custos ao município.

Segundo a Sudecap, a área demolida correspondente a 0,16% da área total de 65 mil metros quadrados do BRT na avenida, índice que está dentro da média (2%) de reparo na execução de pavimentos em concreto. Esse é o terceiro episódio de de “derrubada” de trechos prontos do BRT em Belo Horizonte.

O concreto também foi arrancado do corredor central da Avenida Antônio Carlos, na altura do número 3.590, no Bairro São Francisco, na Região Norte. A medida, adotada por falta de planejamento, como reconhecem até funcionários da obra, somou-se a outro erro de projeto, na Cristiano Machado, onde uma estação do BRT foi demolida, no Bairro União. Na oportunidade o prefeito Marcio Lacerda (PSB) argumentou que essa estação se tratava de um “protótipo”.

Projeto e fiscalização

Além de responsável pela contratação de empresa para execução da construção, a Sudecap também fiscaliza obras públicas do município. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Correia Lima, a PBH como contratante da empreiteira tem a obrigação de acompanhar a obra de perto. “Importante que a fiscalização esteja presente, mesmo que não fique o tempo todo. Mesmo que a prefeitura não vá pagar pelos reparos, tem que pensar também na questão do tempo, refazer impacta no prazo final da obra”, afirma.

Para o diretor do Ibape-MG, o problema das obras públicas na capital surge no processo de licitação quando a empresa vencedora é contratada com um projeto base. De acordo com Lima, esse documento inicial não serve para os engenheiros, deve ser feito um projeto executivo antes do início dos trabalhos práticos. “O projeto tem que ser aprofundado. Há necessidade de um detalhamento maior e quando se faz esse detalhamento se descobrem várias coisas, até o custo da obra pode aumentar”.

O especialista cita como exemplo o tal “protótipo” na Cristiano Machado. “Poderia até ser pertinente o protótipo, mas provavelmente foi feito com o projeto básico. Executar com projeto base é um erro”, conclui.

Erro de execução

Sobre a demolição do concreto no Bairro Ipiranga, o diretor do Ibape-MG reforça a informação da Sudecap dizendo que é uma área muito pequena quando se pensa no todo. Ele acredita que o problema pode ter sido na execução (lançamento do concreto) ou na escolha do material. “Problemas de execução existem, o ideal é que fosse verificado antes”, afirma Lima.


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