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Estado de Minas

Mãe de argentina assassinada teme segurança do neto

Salvo em cesariana, bebê deixa hospital


postado em 18/05/2013 07:00 / atualizado em 18/05/2013 06:57

Silvia Perotti acompanhou de perto a recuperação do neto no hospital de pronto-socorro(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 8/3/13)
Silvia Perotti acompanhou de perto a recuperação do neto no hospital de pronto-socorro (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 8/3/13)


“Não vou ter minha filha de volta, mas meu neto vai preencher o vazio do meu coração”, desabafou ontem Silvia Perotti, ao receber o pequeno Mateus Santiago, liberado nessa sexta-feira depois de três meses e sete dias na UTI neonatal do Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte. O garoto foi salvo em uma cesariana de emergência em fevereiro, quando a mãe, a empresária argentina Maria Silvina Valéria Perotti, de 33 anos, foi morta com dois tiros no sétimo mês de gravidez. O crime foi no Bairro Calafate, Região Oeste da capital. O principal suspeito é o marido dela e pai da criança, José Antônio Mendes de Jesus, de 32, que foi solto dois dias depois de ser preso, por ordem da Justiça.

  A avó acredita que o neto corre risco com o pai solto. “Tenho medo de que ele faça alguma coisa”, disse Silvia, que está morando em BH e não tem previsão de retornar à Argentina. O neto conta com acompanhamento médico, pois tem hidrocefalia em função de uma hemorragia, e pode ser submetido a cirurgia. “Ele é a cara da mãe. Quero que seja um grande homem, de bom caráter, honesto. Vou acompanhar a sua educação de perto”, explicou a avó. Silvia Perotti afirmou ter esperança de Justiça. “Eu preciso que o culpado seja preso. Vou fazer o máximo para impedir qualquer contato dele com o meu neto”, acrescentou.

O médico Bruno Morais Damião informou que o bebê está bem. “Ele evoluiu diante de tantos problemas. A sorte foi ter nascido no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A equipe médica agiu muito rápido”, explicou. Como foi prematuro, ele enfrentou vários problemas de saúde, segundo o médico. “Vai precisar de mais cuidados. O parto foi muito complexo e ele teve um grande número de infecções. Teve hemorragia pulmonar e na cabeça, o que resultou em hidrocefalia.”

O crime

Para a Polícia Civil, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho de um supermercado e o Gol que dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Valéria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante numa moto. José Antônio sustenta que foi abandonado com o veículo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a polícia. Duas testemunhas disseram à PM que havia duas pessoas no carro quando Valéria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra disse que o suspeito pegou Valéria pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu. A Polícia Civil pediu a prisão do suspeito, mas a Justiça concedeu liberdade provisória ao técnico em informática por acreditar que a prisão dele não tinha fundamento em qualquer prova ou indício de autoria ou participação na morte da companheira.


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