Menores se drogam apesar de ação da PM na Praça Hugo Werneck

Uma operação da Polícia Militar na tarde de ontem, na Praça Hugo Werneck, na região hospitalar de Belo Horizonte, não impediu que crianças e adolescentes continuassem se drogando com tíner, conforme denunciou o Estado de Minas em sua edição de ontem. Apenas os adultos que vendem o solvente alucinógeno para os menores desapareceram do local. “Parece que a situação piorou. O número de menores em situação de rua parece que aumentou”, reclama o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública do bairro, Daniel Nasser. Segundo ele, os menores insistem em permanecer na praça, deitados em colchões. Ele critica instituições de caridade que distribuem refeições no local todas as noites. “Entendo que a caridade deve ser feita, mas esses jovens precisam ser encaminhados a programas sociais”, disse Daniel.

A comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, capitã Elizângela Aldrin, disse que as operações na praça são preventivas e acontecem com frequência para combater o crime em geral. “Estamos sempre olhando a questão do tíner, mas não é droga. Os adultos são presos por corrupção de menor quando envolvem crianças e adolescentes em delitos. Se são flagrados vendendo tíner, são enquadrados em lei específica, que proíbe a venda do produto para menores”, disse. O adulto que apareceu na foto do EM vendendo o solvente para menores, segundo ela, já foi preso várias vezes.

Na tarde de ontem, pelo menos 15 menores ocupavam o centro da praça, deitados em colchões, dividindo o pouco de tíner que tinham, na falta de fornecedores.