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Estado de Minas

Menores envolvidos em delitos na Praça Hugo Werneck são detidos e liberados


12/04/2013 06:00 - atualizado 12/04/2013 06:40

Responsável pelo policiamento na praça Hugo Werneck, a capitã Elizângela Aldrim, comandante da 3ª Cia. do 1º Batalhão, admite que as pessoas estão cansadas da situação enfrentada na praça, mas alega que o problema é muito mais abrangente e não será resolvido apenas pela PM. “É uma questão política e social, que demanda intervenções para evitar que crianças e adolescentes voltem para a rua”, diz ela.

A oficial chama a atenção também para a diferença entre drogas e inalantes. “Na praça eles costumam usar tíner, que é um inalante. A lei prevê condução nos casos de drogas, como crack e maconha, coisa que não é comum nessa região”, diz. A chefe do policiamento ainda diz que a lei para aqueles que têm menos de 18 anos é muito branda, o que faz com que os menores sejam rapidamente liberados depois de conduzidos à delegacia.

A PM trabalha com cerca de 20 crianças e adolescentes na região hospitalar, além de dois adultos, que são apontados como os fornecedores de tíner. “A polícia está sempre presente no local, inclusive com uma guarnição diariamente patrulhando apenas aquela região entre as 7h da manhã e as 2h da madrugada. Na última quarta-feira fizemos uma abordagem em que foram apreendidas sete facas”, conta a militar. Por fim, ela diz que há casos de meninos e meninas que já foram conduzidos para a delegacia mais de cinco vezes, mas sempre retornam para a praça. “Quando precisamos levar para o conselho tutelar, há casos de crianças que deixam a unidade praticamente com a viatura”, completa.

Uma das conselheiras tutelares da Região Centro-Sul, Ana Paula Pinheiro afirma que normalmente não há problemas com menores de 12 anos levadas pela PM à entidade. “A maior dificuldade são os maiores de 12 anos mandados pela Vara da Infância depois que cumprem medidas socioeducativas de internação. Quando chegam aqui para serem encaminhados ao abrigamento, muitos fogem e voltam para a rua. Não temos condição de barrar”, afirma Ana Paula. Ela completa dizendo que Ministério Público, Polícia Civil, PM e comunidade têm se reunido com o objetivo de encontrar soluções para o desafio.


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