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Estado de Minas

Novas ciclovias em BH agora terão o aval de ciclista

Depois de críticas e erros de projeto, BHTrans forma grupo de trabalho com esportistas para orientar a construção de ciclovias e a readequação das já implantadas na capital


postado em 21/02/2013 06:00 / atualizado em 21/02/2013 07:07

Espremida entre os carros, ciclovia da Rua Fernandes Tourinho será readequada(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
Espremida entre os carros, ciclovia da Rua Fernandes Tourinho será readequada (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
A BHTrans reconhece os tropeços na implantação de ciclovias na capital, revê os rumos do Pedala BH e promete chegar, sem mais atropelos, a 100 quilômetros de pistas exclusivas para bicicletas, o dobro do que existe hoje, até o fim do ano. Depois de críticas severas ao projeto, a empresa que administra o trânsito na cidade convidou ciclistas para formar um grupo de trabalho e vai construir novas faixas somente com o aval deles. Outro compromisso é readequar as pistas recém-implantadas das ruas Fernandes Tourinho, Rio de Janeiro e São Paulo, que estão fora do padrão recomendado pelo Ministério das Cidades. O trabalho será refeito quando as ruas forem recapeadas.


A construção das três pistas, todas na Região Centro-Sul, no fim do ano passado, desencadeou uma avalanche de críticas ao projeto das ciclovias. Como o Estado de Minas mostrou em novembro, as ciclofaixas, que totalizam 1,4 quilômetro, foram construídas entre o fluxo de veículos e o estacionamento. No trecho da Fernandes Tourinho, na Savassi, a pista é de mão dupla e à esquerda da via, apesar de o ministério estabelecer ciclofaixas à direita e de mão única – a exceção são vias com tráfego abaixo de 30km/h.

As pistas fazem parte de um contrato de R$ 4,3 milhões com uma empreiteira para implantar 69 quilômetros de ciclovias até o primeiro semestre. A BHTrans não informou o valor isolado das três pistas que serão refeitas. “Quando a Sudecap for recapear, faremos todas as readequações nessas ciclovias, que estão sob avaliação dos ciclistas. Elas estão dentro das normas do Código de Trânsito Brasileiro. Mas queremos que sejam seguras para quem usa, se tivermos que refazer para torná-las melhor, é isso que será feito”, afirma a assessora da Diretoria da BHTrans, a arquiteta Eveline Trevisan.

Ela garante que, independentemente das falhas, a sinalização das ciclofaixas teria de ser refeita com o recapeamento. As obras de readequação seguirão o cronograma da Superintendência de Obras da Capital (Sudecap). E a participação dos ciclistas não ficará restrita às ciclovias prontas. “Corrigimos os rumos do Pedala BH pelas críticas que o projeto estava sofrendo dos próprios ciclistas. Agora, são eles que avaliarão os projetos, e a ordem de serviço só será dada com a aprovação deles”, informou Eveline.

Segurança

Animados com a participação no grupo de trabalho, os ciclistas estão cheios de ideias para implantar na cidade. A principal delas é um seminário sobre infraestrutura para a elaboração de um manual de referência para a construção de ciclovias em Belo Horizonte, exatamente para evitar erros de projetos como o da Fernandes Tourinho. Além disso, os ciclistas pretendem fazer um relatório com observações para adequação das ciclofaixas e melhoria das condições de segurança.

A equipe teve duas reuniões no fim do ano passado, logo depois da publicação da reportagem do EM, e na segunda-feira abrirá os trabalhos de 2013. “Nossa expectativa é de que os projetos de ciclovias sejam mais bem executados e que a gente consiga de fato readequar o que já existe. Pensamos também que a implantação deve englobar um processo maior, com campanhas educativas e ações que envolvam motoristas e pedestres”, afirma Augusto Schmidt, integrante do grupo. Para este ano, a BHTrans pretende implantar pistas nas avenidas Saramenha, Fleming, Barbacena, Olegário Maciel e Otacílio Negrão de Lima, além da MG-020.


BH pedala por mobilidade

Semana agitada para ciclistas em Belo Horizonte. Amanhã, haverá o Massa Crítica BH, evento mundial em que ciclistas se reúnem para, juntos, pedalar nas ruas pelo direito à mobilidade. O encontro será às 19h, na Praça da Estação. A última edição do evento, que ocorre sempre nas últimas sextas-feiras do mês, contou com a participação de mais de 150 pessoas. No domingo, o grupo Bike Anjo BH, que ensina interessados a andar de bicicleta, fará uma oficina, às 13h, na Avenida Carandaí, em frente ao Colégio Arnaldo, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul. O evento é gratuito e aberto ao público.


Praga monitorada
O grupo Fica Fícus, criado por moradores de BH em defesa das árvores da Avenida Bernardo Monteiro infestadas pela mosca-branca-dos-fícus, indicará três representantes da sociedade civil para integrar a comissão que acompanhará a evolução da praga na cidade. A comissão, formada também por representantes da Defesa Civil e da Secretaria de Meio Ambiente,  se reuniràs às terças-feiras até o controle da praga. “Queremos estar mais perto das decisões do poder público. Não se trata apenas de uma discussão de árvores doentes, mas da cidade que queremos”, diz Patrícia Caristo, integrantes do Fica Fícus.

 


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