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Estado de Minas

Casa do Patrimônio abrirá portas para a Copa das Confederações

Galpão que integra o conjunto arquitetônico do qual faz parte a Casa do Conde, no Bairro Floresta, será adaptado para ser centro de mídia nos eventos esportivos da Fifa


postado em 13/11/2012 06:00 / atualizado em 13/11/2012 08:30

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concordou em ceder as futuras instalações da Casa do Patrimônio para servir de sede de um centro de mídia alternativa para a Copa das Confederações, em junho de 2013, e a Copa do Mundo de 2014. O grande galpão que faz parte das dependências da Casa do Conde, no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, está sendo cotado para funcionar como apoio às equipes de reportagens nacionais e estrangeiras que vierem cobrir os jogos. A proposta está em negociação entre o Iphan e a Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo de Minas Gerais (Secopa-MG). De acordo com a assessoria de imprensa do Iphan, está marcada para hoje uma visita de representantes do setor de arquitetura da secretaria ao imóvel para elaboração de um croqui interno do espaço. A secretaria, no entanto, afirma que a parceria ainda não foi firmada e ainda depende de aporte de recursos.

Se fechado o acordo, o imóvel de 4,5 mil metros quadrados, que está sendo revitalizado, funcionará como alternativa para jornalistas na produção de pautas que não estejam exclusivamente relacionadas à cobertura dos jogos. Para os dias de disputa das melhores seleções de futebol do mundo, repórteres e fotógrafos credenciadas pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) terão à disposição o centro de mídia do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, na Pampulha. Conforme o Iphan, o centro de mídia alternativa ficará aberto 24 horas durante todo o período em que durarem as duas copas e estará estrategicamente localizado, já que a Praça da Estação será o local para realização de fun fests dos campeonatos de futebol.


Em fase final de obras, a Casa do Patrimônio deve estar totalmente reformada em meados do ano que vem, a tempo do evento que servirá de teste para os jogos do Mundial. Durante décadas, o galpão se manteve entulhado de sucatas e equipamentos da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), até entrar em obras em 2010. Na semana passada, o penúltimo lote das obras foi licitado e prevê a destinação de R$ 6 milhões para instalação do ar-condicionado, condicionamento acústico e reparos finais. A instalação da iluminação externa e interna será a última fase das intervenções e está orçada em R$ 1,5 milhão. Ao todo, serão investidos R$ 15,5 milhões na revitalização.


A futura Casa do Patrimônio será dividida em três módulos. O primeiro será reservado à restauração e conservação de documentos, enquanto outro espaço será dedicado à restauração de peças móveis, como altares e imagens. Este último espaço será fechado com vidro, o que permitirá que visitantes possam acompanhar os trabalhos. O terceiro módulo terá área para exposições, sala de cinema, auditório e espaço para eventos, onde os jornalistas poderão trabalhar. É nesse local que funcionará o centro de mídia.


Sem previsão

A Casa do Patrimônio é um dos espaços que integram o corredor cultural da Praça da Estação. No entanto, é o único em estado mais adianto de revitalização nas imediações – outros locais ainda estão sem data para ficarem de cara nova. A já conhecida obra de requalificação da Rua Sapucaí, anunciada pela prefeitura em junho, está sem data para começar. A proposta era de transformar a via que fica atrás da Praça da Estação em um polo cultural e gastronômico. Também é incerto o futuro do imóvel de propriedade particular ao lado do Viaduto da Floresta, onde funcionava uma igreja evangélica, e que até hoje não tem perspectiva de ter uso cultural.

Já o prédio da Ferrovia Centro-Atlântica, também localizado na Rua Sapucaí, está passando por obras relacionadas a adequação de segurança, restauração de janelas e adoção de mecanismos de segurança nas calçadas. No entanto, a locomotiva e o vagão localizados em frente ao edifício não tem data para serem revitalizados. Tombados pelo Iphan, estão sendo alvo de negociação entre os dois órgãos para passarem por uma reforma. Somente o casarão de três andares anexo ao prédio da FCA, que será sede do Centro de Memória Ferroviária, está em estágio um pouco avançado. Em obras conduzidas pelo Iphan, já teve o telhado trocado e recebeu reforço estrutural. Os projetos para restauração interna ainda não foram contratados e, por isso, as intervenções ainda não tem orçamento final, bem como prazo para serem concluídas.

 

Memória

Primórdios da capital

O galpão do Iphan foi erguido nas primeiras décadas do século 20. Já a Casa do Conde de Santa Marinha, tombada pelo estado e município, data de bem antes. Ela foi edificada em 1896 para ser residência do construtor e industrial Antônio Teixeira Rodrigues, o conde de Santa Marinha, que atuou na construção de BH. Localizado às margens da linha férrea, o palacete, administrado pelo Iphan, integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça Rui Barbosa (da Estação) e ocupa uma área de 37 mil metros quadrados. Com a morte do em 1900, quando a casa foi modificada para se adaptar às necessidades: entre 1903 e 1909, funcionou nela o Colégio Santa Maria; em 1911, a Seção do Café; e depois escritório da RFFSA.


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