
Centenas de pessoas se reuniram na noite desta segunda-feira na Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH, para fazer um ato de repúdio à violência e um protesto contra a morte da atriz e artista plástica Cecília Bizzotto, a Ciça, de 32 anos, assassinada durante um assalto no Bairro Santa Lúcia, Região Centro-Sul da capital. Com balões, camisas brancas e velas, alunos da mulher fizeram várias apresentações.
Veja imagens da manifestação que lotou a praça
Em um dos atos, os jovens sujaram as mãos com tinta vermelha, que simbolizou a violência, e depois se abraçaram. “O abraço foi um ato simbólico para darmos força uns aos outros pela morte da professora. Todos os alunos estão chocados. Estamos expressando a falta que ela faz”, diz a aluna Glayciene Renata , 19 anos.
Entre as pessoas presentes na manifestação estava Nilmário Miranda, ex-secretário de Direitos Humanos, que também mostrou sua insatisfação com a violência em Belo Horizonte. Ele trabalhou com a atriz na campanha de Patrus Ananias que concorreu à prefeitura da capital. “Vejo anunciado um grito para o basta pela violência. A cultura do direitos humanos é pela paz, pela busca da solução pacífica e é contra a impunidade. Não existe direitos humanos se não existe dignidade”, afirmou.

Investigações
O assassinato da atriz aconteceu em 7 de outubro. O crime ocorreu na Rua Saturno, no bairro Santa Lúcia. Cecília, o irmão dela e a namorada dele chegavam em casa num EcoSport por volta de meia-noite, quando foram rendidos por dois homens armados. Um terceiro bandido apareceu depois. As vítimas ficaram em poder dos assaltantes por aproximadamente uma hora. Nesse período, os assaltantes reviraram a casa à procura de dinheiro, joias e de um cofre. Os objetos recolhidos estavam sendo guardados dentro do EcoSport e de uma Pajero que também estava na garagem.
Alexandra contou à polícia que, em determinado momento, um dos bandidos subiu com Cecília para um dos quartos do segundo andar. Ela relatou ainda que, de repente, ouviu o homem perguntar à cunhada se ela estava ligando para a polícia. Na sequência, ouviu o tiro. Os assaltantes mandaram Marcelo abrir o portão e fugiram levando apenas os três telefones celulares das vítimas. Ele e a namorada saíram de carro à procura de ajuda.
Nesta segunda-feira a Polícia Civil informou que chegou a prender uma pessoa por causa do crime. Porém, o suspeito foi solto por não ter sido reconhecido pelas vítimas do assalto. A corporação também informou que há esperanças de prender os assaltantes nos próximos dias.

