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Estado de Minas

Bicicletas são disponibilizadas de graça no câmpus da UFMG

Para conscientizar sobre a necessidade de adoção de meios de transporte menos poluentes e de diminuir o uso de carros por uma só pessoa, universidade põe 30 bicicletas à disposição do público


postado em 22/09/2012 06:00 / atualizado em 22/09/2012 07:00

Além de carros e ônibus, várias bicicletas circularam na sexta-feira (21) nas ruas e avenidas da Universidade Federal de Minas Gerais(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Além de carros e ônibus, várias bicicletas circularam na sexta-feira (21) nas ruas e avenidas da Universidade Federal de Minas Gerais (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


Depois de 10 anos sem pedalar, a sensação de andar de bicicleta pelo câmpus da UFMG, na Pampulha, foi de liberdade para o técnico de contabilidade Edenilson Soares Narciso, de 40 anos. “Agora, sim, vou trabalhar mais tranquilo, arejado”, disse. Assim como Edenilson, toda a comunidade acadêmica teve ontem 30 bicicletas para empréstimo dentro do câmpus, das 9h às 16h30. “A iniciativa visa proporcionar às pessoas a oportunidade de experimentar se locomover pelo Câmpus Pampulha usando esse meio de transporte, incentivando a adoção dessa prática no cotidiano”, informou a UFMG, lembrando que a construção de ciclovias na Avenida Mendes Pimentel e o empréstimo de bicicletas de forma permanente, para uso exclusivamente no câmpus, estão em fase de estudos.

A iniciativa de ontem fez parte das comemorações da Semana da Mobilidade 2012 UFMG, para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de reduzir o uso do transporte individual e privilegiar os transportes coletivos e outros meios menos poluentes, além do respeito aos pedestres e ciclistas. Por dia, circulam 60 mil pessoas e 18 mil veículos pela unidade Pampulha, que tem 10 quilômetros de ruas e avenidas e 21 prédios distribuídos numa área de 8,7 milhões de metros quadrados, além de 2 milhões de metros quadrados de vegetação. Houve licitação e uma empresa foi contratada para propor alterações no sistema viário.


A auxiliar administrativa Shirley Gomes, de 44, trabalha na UFMG e programou com dois colegas de chegarem mais cedo para o trabalho. “A gente sabia das bicicletas. Achei ótimo. Deveria haver mais bicicleta e menos carros circulando na UFMG. É saúde, atividade física, bom para relaxar”, disse. Edenilson concorda e diz que o ambiente seria mais agradável. “Tem muito verde, pessoas, vida. E o câmpus facilita andar de bicicleta, pois é todo plano”, disse.


Marcelo Costa, de 42, é do Departamento de Logística e pedalou por 30 minutos, tempo máximo estipulado para cada pessoa. Ele deixou um documento como garantia, preencheu uma ficha e saiu pedalando. Voltou sorrindo. “É uma forma de você desestressar nesse trânsito ruim, mas falta ciclovia na UFMG. Andar nesse calçamento de pedras é inviável”, considerou.

O assistente administrativo José Carlos Tadeu, de 52, fez a mesma observação. “O calçamento não é adequado para bicicleta. Nas rotatórias, onde há asfalto, é confortável, mas trepida muito no calçamento, cansa a gente e desgasta o equipamento”, reclamou. José Carlos conta que também teve que se desviar dos pedestres, que andam no meio da rua, mas ele apoia o projeto. “Cheguei para trabalhar e experimentei andar de bicicleta. Gostei da experiência”, disse.


A UFMG informou que o empréstimo de bicicletas faz parte também do projeto Bocados de Gentileza, que trata temas que interferem no cotidiano dos membros da comunidade universitária, como coleta seletiva, trânsito e uso dos espaços públicos, com intuito de promover a interação. Para 16 de outubro, por exemplo, está previsto um piquenique.


Muita gente desistiu de pedalar ontem por ter que devolver a bicicleta em 30 minutos, e não depois das aulas ou do expediente de trabalho. A justificativa da UFMG é de que não havia bicicletas suficientes para todos e os prédios ainda não contam com bicicletários. Futuramente, segundo a UFMG, isso vai ser possível.


Pesquisa

Atualmente, de acordo com pesquisa feita na internet e respondida por mais de seis mil integrantes da comunidade universitária, 48,74% dos participantes disseram que usam veículo próprio para se deslocar no câmpus. Outros 35,85% usam o transporte público, pois há ônibus circulando internamente. Apenas 1,44% das pessoas disseram que circulam de bicicleta.


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