Com as patas dianteiras laçadas por uma corda, um cavalo marrom tentava aos saltos, na tarde de ontem, atravessar as três faixas da Avenida Cristiano Machado, no Bairro Xodó-Marize, na Região Norte da capital. Cada carro, moto ou ônibus que passava ao lado, freando ou buzinando, aumentava o desespero do animal e trazia ainda mais perigo de colisão. As buzinas assustaram dois outros animais que pastavam soltos nos canteiros, fazendo-os galopar para o meio da via e ameaçar mais condutores, sem que nenhum fiscal de trânsito aparecesse.
Coube a um homem que desceu de um Santana azul tocar os cavalos para um lote vago cercado, na altura do número 11.660. O risco que os animais levaram ao tráfego é mais uma das armadilhas da avenida que mais registrou acidentes (947) e vítimas em BH (1.346) no ano passado.