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Estado de Minas

Cinturão tenta cercar fogo na Serra do Rola Moça e Parque Nacional Serra da Canastra


postado em 11/09/2012 06:00 / atualizado em 11/09/2012 10:45

 

Bombeiros combatem incêndio no Parque Nacional Serra da Canastra, entre São Roque e Sacramento(foto: ICMBio/Divulgação )
Bombeiros combatem incêndio no Parque Nacional Serra da Canastra, entre São Roque e Sacramento (foto: ICMBio/Divulgação )

Focos remanescentes no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola Moça fizeram bombeiros e brigadistas voltarem na manhã de ontem à mata da Área de Proteção Ambiental (APA) Sul, no município de Brumadinho, Região Metropolitana de BH. A área atingida, estimada entre 140 e 160 hectares, segundo o Corpo de Bombeiros, está a 20 quilômetros do parque, afetado por duas queimadas na semana passada. Por isso, as equipes de socorro fizeram um cinturão, molhando a vegetação da divisa do parque, que tem monitoramento por câmeras durante 24 horas do dia. Há, ainda, quatro incêndios com combate em andamento: na Estação Ecológica Tripuí, no município de Ouro Preto; Floresta Estadual Uaimii, na mesma cidade; na APA Serra São José, em Tiradentes; e no Parque Nacional Serra da Canastra, entre os municípios de São Roque e Sacramento. No Parque Estadual Verde Grande, em Matias Cardoso, no Norte do estado, os bombeiros fazem rescaldo.

De acordo com o assessor de imprensa do Corpo de Bombeiros, capitão Frederico Pascoal, o Parque do Rola Moça está bem protegido e ganhou reforço de efetivo. Um helicóptero ajuda a combater as chamas, já que a região tem difícil acesso por terra. Cerca de 50 integrantes da força-tarefa Previncêndio atuam na região. “Para a mata do parque não ficar suscetível ao incêndio, fizemos o que chamamos de aceiro frio, molhando a vegetação”, disse o capitão. O vento forte associado à alta temperatura e baixa umidade relativa do ar dificultam o combate.

Nessa segunda-feira, a corporação recebeu oito chamados para focos de incêndio em lotes vagos da capital e da Região Metropolitana de BH e 14 em vegetação. No domingo, foram 115 ocorrências na mata. O balanço é feito diariamente, às 16h. Na Serra da Canastra, quatro focos surgiram ontem, segundo o chefe do parque, Darlan Alcântara de Pádua. Ele afirmou que a queimada evolui rapidamente e pelo menos uma delas ameaça a nascente do Rio São Francisco. “O fogo continua queimando tudo, sem controle efetivo”, lamenta ele. As labaredas seguem no sentido de Delfinópolis e de Sacramento. Bombeiros de Uberaba, no Triângulo Mineiro, tentam conter uma de suas frentes que ameaça as nascentes do Rio Araguari.

Brigadistas, bombeiros e servidores trabalham há quatro dias ininterruptos e, por causa da exaustão, 14 brigadistas do parque do Caparaó e 25 funcionários do Prevfogo de Brasília chegam para render os combatentes. Três aviões ajudam no lançamento de água, com bombas costais e abafadores.

Balanço
Neste ano, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semade), houve 165 incêndios em unidades de conservação estadual e 88 no entorno dessas áreas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Brasil já atingiu 101.645 focos de incêndio. Zonas de cerrado são as mais atingidas, representando 58,6%.

Em Minas Gerais, o Inpe registrou neste ano 3.474 focos de incêndio, até dia 9. O dado indica uma queda de 44%, se comparado ao mesmo período de 2011, quando havia 6.616 focos de calor. O estado está entre os 10 mais atingidos, na 9º colocação. De acordo com o monitoramento do instituto, os primeiros do ranking são Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. (PS)


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