
A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira o resultado da operação Halloween, deflagrada com o objetivo de combater os jogos de azar e do bicho na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Há um mês a polícia começou a receber denúncias anônimas que resultaram em 14 pessoas detidas e 67 máquinas apreendidas em 14 estabelecimentos, entre comércio e casas da região. De acordo com a delegada Flávia Portes, da 1ª Delegacia de Venda Nova, o destino do dinheiro arrecadado no jogo será investigado, pois se for comprovado envolvimento com lavagem de dinheiro, a pena dos suspeitos deve aumentar.
Um dos locais que recebiam apostadores de jogos de azar era uma casa no Jardim Europa. Os clientes frequentavam o porão da residência, onde havia 19 máquinas distribuídas em quatro cômodos. De acordo com a Polícia Civil, a quantia de dinheiro arrecadada durante a operação foi baixa, pois os contraventores tem o hábito de recolher o dinheiro das máquinas várias vezes ao dia, para evitar grandes prejuízos em caso de ação policial.
A delegada Flávia Portes afirma que a polícia depende da denúncia da população para combater este tipo de crime. “Existe uma grande dificuldade porque os jogos funcionam escondidos nos comércios. Contamos com as denúncias da população”, disse.
Os suspeitos foram presos em flagrante e assinaram um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO). Eles vão responder primeiramente por crime de contravenção penal, sujeitos a pena de três meses a um ano de cárcere. Caso seja confirmado o envolvimento em lavagem de dinheiro, a pena sobe para três a dez anos de prisão.
A Polícia Civil pretende chegar aos donos das máquinas de caça-níqueis, já que os suspeitos detidos afirmam que são apenas funcionários do esquema ilegal.
Halloween
O nome da operação faz referência a uma das principais marcas de máquinas caça-níqueis vendidas do país.
