
A greve dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal atingiu as oito unidades da corporação em Minas Gerais, informou o presidente do Sindicato dos Policias Federais em Minas Gerais (Sindpef), Renato Deslandes. Devido ao movimento, os serviços das delegacias especializadas de registro de estrangeiros e da Superintendência funcionam em escala mínima. A paralisação prejudica a emissão de passaportes. Apenas os documentos urgentes serão entregues.
Nesta manhã, cerca de 150 policiais de Belo Horizonte compareceram à sede da PF, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste, e realizaram um ato simbólico. Todos os presentes entregaram as armas e os distintivos. Durante a tarde, os manifestantes fizeram panfletagem no Centro da capital mineira e no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

Agentes e escrivães de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, também aderiram à greve e entregaram nesta manhã as armas que utilizam para trabalhar. Até sexta-feira, o efetivo na regional será de apenas 30%. Com faixas e coletes, os agentes fizeram uma fila e colocaram as armas dentro de uma caixa. Elas continuarão guardadas até o fim da greve. Os manifestantes reclamam que há cinco anos não recebem aumento salarial. Em Divinópolis, 70% dos servidores estão de braços cruzados. Apenas o serviço de emissão de passaporte (um dos mais procurados na delegacia) não será afetado.
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, os policiais também fizeram o mesmo ato simbólico e entregaram as armas nesta manhã. A emissão de passaportes nestas cidades também está comprometido.
As greve da PF deve perdurar até pelo menos sexta-feira, quando a categoria vai realizar uma assembleia para definir os rumos do movimento.
(Com informações de Simone Lima)
