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Estado de Minas

Torcidas organizadas que depredaram estação do metrô estão na mira da polícia

Polícia investiga se integrantes da Máfia Azul e da Pavilhão Independente usam internet para marcar brigas. Em caso positivo, grupos serão indiciados por formação de quadrilha


postado em 07/08/2012 06:00 / atualizado em 07/08/2012 10:48

Danos causados à estação do metrô em Santa Tereza podiam ser vistos ontem por quem usa o meio de transporte em BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Danos causados à estação do metrô em Santa Tereza podiam ser vistos ontem por quem usa o meio de transporte em BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)


Integrantes das torcidas organizadas do Cruzeiro Máfia Azul e Pavilhão Independente, que brigaram e, durante a confusão, depredaram a Estação de Metrô Santa Tereza, no bairro do mesmo nome, na Região Leste de BH, diomingo à noite, vão ser investigados por formação de quadrilha. A informação é do delegado Felipe Falles, da Delegacia de Polícia de Eventos, que abriu inquérito para apurar a prática de possíveis crimes pelos torcedores cruzeirenses. O policial destacou que a briga de domingo à noite foi o sexto confronto seguido nos últimos meses e a suspeita é que as duas agremiações estejam marcando os confrontos pela internet.

O comportamento dos torcedores na briga de domingo à noite, que resultou em vários danos na estação de metrô, reforça a desconfiança dos policiais. Já sabendo dos constantes confrontos entre as duas torcidas, militares do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE) escoltaram a Pavilhão até o Bairro Santa Efigênia, sede da agremiação na Região Leste, e a Máfia Azul até a Estação Horto do metrô, no bairro de mesmo nome “Integrantes da Pavilhão deixaram sua sede e foram a pé até a Estação Santa Tereza para atacar a Máfia Azul, que passaria de metrô no local. Quando elas se encontraram, começou o tumulto”, diz o tenente-coronel Cícero Cunha, comandante do BPE.

Nesse momento, segundo o militar, torcedores da Pavilhão quebraram um muro próximo à estação e começaram a jogar tijolos nos rivais, enquanto os integrantes da Máfia Azul retiraram pedras dos trilhos do metrô e as lançaram contra os rivais que estavam fora da estação. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em nota enviada à imprensa, “um trem foi avariado, incluindo a retirada do vidro de uma das portas. Na estação foram arrancadas uma placa de publicidade, três extintores, duas lixeiras, uma caixa de correio e um telefone público, além de grande sujeira deixada no local”, diz o comunicado.

O Batalhão de Eventos prendeu 18 torcedores em flagrante, sendo 13 da Máfia Azul e cinco da Pavilhão. Na delegacia eles foram enquadrados no Estatuto do Torcedor por promover a desordem em estádio ou no entorno, crime de menor potencial ofensivo em que a pena varia de um a dois anos de reclusão. Por isso, eles foram liberados depois de assinar o TCO. Posteriormente, eles serão chamados à Justiça para receberem uma sentença, que pode ser prestação de serviços comunitários, comparecimento à autoridade de plantão nos dias de jogos, entre outros.

Segurança reforçada

Ainda segundo a nota da CBTU, há um mês a estatal “dobrou os efetivos de segurança dentro dos trens de modo a garantir tranquilidade durante as viagens realizadas”, de acordo com os jogos na Arena Independência. A companhia também informou que vem conversando com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) para melhorar a segurança nas 19 estações do metrô de BH. Hoje a empresa fará uma reunião para definir formas de buscar o ressarcimento de danos e só depois será possível falar sobre possíveis ações da CBTU buscando a responsabilização dos brigões.

 O Estado de Minas procurou o Comando de Policiamento da Capital (CPC) para saber quais são os planos da polícia para conter as brigas entre torcedores no metrô da capital, mas não teve retorno. O Ministério Público também foi procurado, mas, segundo a assessoria do órgão, o promotor Edson Antenor, que acompanha os casos envolvendo torcedores brigões, está de férias.

Como ficou?
Morte de cruzeirense
À espera de julgamento

Dos 12 integrantes da torcida organizada Galoucura acusados de matar a pauladas e pontapés o torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, em 27 de novembro de 2010, em frente ao Chevrolet Hall, Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de BH, 11 foram pronunciados para ir à júri popular. Desses 11, cinco preferiram não entrar com recurso e aguardam apenas a marcação do julgamento, que pode ser em conjunto ou em separado. Os outros seis entraram com recurso contra a pronúncia e apenas um deles, Matheus Felipe Magalhães, o Tildan, já apresentou as razões para recorrer. Os demais ainda estão no prazo. O recurso será julgado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No grupo que entrou com recurso estão dirigentes da torcida como William Tomaz Palumbo, o Ferrugem, e Roberto Augusto Pereira, o Bocão.


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