O acidente ocorreu por volta das 17h10, cerca de uma hora após o avião, modelo Embraer 120-Xingu, prefixo PT-MAB, decolar do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, em Belo Horizonte. A queda ocorreu no mar próximo à ilha de Cataguases. Uma tempestade atingia a região. Segundo a Defesa Civil, a queda foi presenciada por turistas que estavam em uma escuna.
Segundo o órgão, os relatos das testemunhas é de que imediatamente após a queda, os dois corpos emergiram na água. Pescadores os prenderam para evitar que fossem levados pela forte correnteza até a chegada das equipes de resgate. Ambos estavam intactos, sem qualquer laceração, segundo a Defesa Civil.
O copiloto da aeronave, identificado até o momento apenas pelo primeiro nome, Ernandes, segue desaparecido. Equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Capitania dos Portos atuaram nas buscas, que tiveram de ser suspensas após as 20h por causa das más condições de visibilidade. Informações extra-oficiais indicam que uma equipe especializada em busca noturna sairia da capital fluminense ainda na noite desta quinta-feira para dar continuidade, mesmo durante a madrugada, aos trabalhos de resgate.
De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos foram ao local da queda para dar início às investigações sobre as possíveis causas do acidente.
A aeronave pertence a uma empresa de Táxi Aéreo. Em consulta no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), consta que o avião estava com a documentação legal regular para realização de voos fretados. Nenhum responsável pela empresa foi localizado pela reportagem para comentar o ocorrido.
Amigos de Clemente Faria informaram à reportagem que a família do diretor tem casa em Angra dos Reis. Faria seguia ao encontro dos familiares para passarem juntos as férias de julho na cidade. Segundo a Defesa Civil, faltavam poucos minutos de voo para que o bimotor pousasse em Angra dos Reis.