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Estado de Minas

Servidores da Saúde mantêm greve e governo suspende negociação

Categoria aceitou propostas do governo, mas se recusou a suspender a paralisação sem formalização do acordo


postado em 10/07/2012 18:54 / atualizado em 10/07/2012 19:38

A greve dos servidores estaduais da saúde segue mantida por tempo indeterminado em Minas Gerais. Na noite desta terça-feira, na segunda assembleia realizada pela categoria no dia, os trabalhadores decidiram manter o movimento até que o governo formalize com documento as propostas apresentadas. Com a decisão dos trabalhadores, as secretarias da Saúde e do Planejamento e Gestão cancelaram a reunião agendada para esta quarta-feira, quando seria dada continuidade às negociações.

De acordo com o diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, o governo condicionou as propostas oferecidas ao encerramento imediato da greve. “Os trabalhadores aceitam o que foi proposto, mas só encerra a greve com um documento assinado do governo garantindo o cumprimento das medidas”, disse. Outro ponto que preocupa os trabalhadores é o governo não ter se manifestado sobre o desconto dos dias parados pelos grevistas.

O governo propôs, entre outros pontos, o aumento do valor da Gratificação Complementar (GC) concedida a auxiliares de apoio, técnicos operacionais, profissionais de enfermagem e analistas de gestão e assistência à saúde da Fhemig. A gratificação, que hoje é de 20,7%, passará para 30% a partir de agosto deste ano. Em agosto de 2013 será elevada para 40% e, em agosto de 2014, para 50%. A proposta prevê também o pagamento do abono de urgência e emergência a todos os profissionais destas carreiras, além de um reajuste de 50% do valor do mesmo a partir de agosto deste ano.

Ainda de acordo com o diretor do Sindicato, Renato Barros, a categoria ainda não definiu quais serão os próximos passos do movimento grevista. Uma nova assembleia deverá ser convocada.

Impasse na Justiça


A greve dos servidores, que já dura mais de 20 dias, está cercada de lutas judiciais. Dois processos relacionados à paralisação tramitam na Justiça. Um deles se refere ao cumprimento de uma escala obrigatória em atendimento aos chamados serviços indispensáveis e às necessidades inadiáveis. 

Pela decisão de sexta-feira do desembargador Eduardo Andrade, da 1ª Câmara Cível do TJMG, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde) deve garantir as seguintes escalas: 100% do quadro de pessoal nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e nos Centros de Tratamento Intensivo, 100% do quadro de pessoal nas Unidades de Urgência/Emergência, 100% do quadro de pessoal nos blocos cirúrgicos e mínimo de 50% de servidores nos demais locais de trabalho nos hospitais administrados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). (Luana Cruz)


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