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Estado de Minas

Policial federal e denunciante de juíza ficam feridos na Região da Pampulha


postado em 10/04/2012 11:05 / atualizado em 10/04/2012 19:57

(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
 

Uma ocorrência envolvendo um policial federal e a testemunha de um processo contra uma juíza mobilizou as polícias Militar, Civil e Federal na manhã desta terça-feira na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. As primeiras informações da Polícia Militar (PM) apontavam que um dos envolvidos seria um segurança do deputado estadual Durval Ângelo (PT), que teria confundido o veículo descaracterizado da Polícia Federal (PF) com o carro de assaltantes. No entanto, a ligação profissional de Wallington Aparecido Caldeira, de 46 anos, com o parlamentar foi desmentida pelo gabinete. Caldeira prestou depoimento contra a juíza Maria José Starling - suspeita de pedir dinheiro para libertar o goleiro Bruno - , em um processo. Na época, ele era subcoordenador do Comissariado de Menores de Esmeraldas e foi apontado como peça chave no processo contra ela no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conforme o gabinete de Durval Ângelo.

Segundo informações de policiais federais, que não quiseram se identificar, por volta das 9h30 a mulher de Wallington estava em um Honda Civic, quando percebeu que estava sendo seguida por outro veículo. No carro, estavam um casal de agentes da Polícia Federal (PF). Wallington saiu de carro, com o filho na direção, e acabaram se encontrando com a mulher no Bairro Trevo, onde moram. Ele teria se identificado como policial civil e atirado contra o veículo descaracterizado da PF.

De acordo com a PF, os homens atiraram seis vezes contra os policiais, que revidaram os tiros. O policial Eduardo de Paula Pinho Tavares, de 40 anos, foi atingido por dois tiros no tórax e fraturou a escápula. Ele foi levado para o Hospital Risoleta Neves, onde passou por cirurgia. Ele não corre risco de morrer. Wallington sofreu escoriações e foi levado para o mesmo hospital. Após receber alta, ele e o filho foram detidos e encaminhados para a Superintendência Regional de Polícia Federal em Minas Gerais. Depois será levado para o Presídio Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Caldeira estava sendo investigado por crimes previdenciários, segundo os policiais. Eles também informaram que a arma que Wallington usava, um revólver Taurus 38, cuja licença data de 1993, na época em que o registro de armas ainda era feito pela Polícia Civil. Durante buscas na casa de Caldeira, foram encontradas algumas fotos dele com políticos e autoridades.

Pela manhã, a assessoria de Durval Ângelo informou que o Wallington não tinha vínculo empregatício com o gabinete, mas confirmou " a relação de amizade e participação com o mandato" do parlamentar. A assessoria também prestou solidariedade à família do homem, já que, a princípio, o deputado acreditava que Wallington teria sido vítima de assalto. Em nota publicada no início desta tarde, o gabinete do deputado voltou a negar o vínculo empregatício com a equipe e explicou como Wallington chegou ao deputado. Leia a nota íntegra:

O deputado estadual Durval Ângelo (PT) esclarece que Wallington Aparecido Caldeira Cruz, 46 anos, não mantém nenhum vínculo empregatício com seu gabinete na Assembleia Legislativa. Na manhã desta terça-feira, 10 de abril, Wallington se envolveu em um tiroteio com um policial federal na Região da Pampulha e alegou à Polícia Militar que atua como segurança do parlamentar. A relação de Wallington com o mandato de Durval Ângelo se deu em 2006, quando o mesmo procurou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (presidida por Durval Ângelo) para formular denúncia contra funcionários do Fórum de Esmeraldas, incluindo a juíza Maria José Starling, à época titular da comarca, de integrarem esquema de venda de carteiras e portes de armas.

Caso Bruno


Em junho do ano passado, a juíza foi alvo de uma denúncia feita pela noiva do goleiro Bruno Fernandes, a dentista Ingrid Oliveira. Em depoimento às comissões de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) , Ingrid afirmou que a juíza pediu R$ 1,5 milhão para que pudesse conseguir um habeas corpus para libertar o jogador.


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