A construção da nova rodoviária vai começar em julho deste ano, mesmo que as cerca de 200 famílias que residem no terreno onde será erguido o terminal não tenham sido removidas. A garantia foi dada pela Prefeitura de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira, durante a assinatura do contrato de concessão da rodoviária, pela empresa Consórcio EPC Socicam.
A licitação para o início das obras foi adiada diversas vezes e sofreu mudanças. No primeiro projeto, apresentado em novembro de 2010, estava prevista a construção de um shopping e de um centro comercial, que depois foi descartada.
Para o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a nova rodoviária vai facilitar a vida de usuários, além de desafogar o trânsito. “Teremos melhorias para o usuário e para as condições do trânsito no hipercentro da cidade. Também vai ter a integração com o sistema BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus ) e com a linha 1 do metrô”, explica. A antiga rodoviária, Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), no centro de BH, vai passar a receber os ônibus metropolitanos, quando o novo empreendimento estiver pronto.
Desapropriações
Os recursos para a desapropriação das cerca de 200 famílias serão investidos pela PBH. Segundo o prefeito Marcio Lacerda (PSB), a remoção irá custar R$ 35 milhões. Os moradores serão levados para apartamentos, a serem construídos no terreno da antiga Rede Ferroviária Federal, que foi adquirido pela prefeitura junto ao governo federal.
Os trabalhos para remoção das famílias serão feitos pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel).
O projeto
O projeto da rodoviária prevê um terminal moderno com 41 plataformas, que podem ser estendidas para 56 em dias movimentados. Também estão previstas e 400 vagas de estacionamento. A edificação vai ocupar uma área de 62 mil metros quadrados, investimento previsto de R$ 50 milhões.