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Estado de Minas

Novo fôlego para o Mercado do Cruzeiro

Acordo entre a PBH e a associação dos comerciantes permitirá a reforma de piso, bancas e telhado, afastando a ameaça de demolição e dando início à recuperação do distrital


postado em 01/02/2012 06:00 / atualizado em 01/02/2012 06:42

Wayne Stochiero, presidente da Acomec, diz que a reforma após 36 anos de existência do mercado será um presente para a população(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Wayne Stochiero, presidente da Acomec, diz que a reforma após 36 anos de existência do mercado será um presente para a população (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Ele quase foi abaixo para dar lugar a um megaempreendimento, salvou-se pela força dos protestos da comunidade e agora, finalmente, começa a trilhar primeiros passos rumo à revitalização. A Associação dos Comerciantes do Mercado Distrital do Cruzeiro (Acomec) firmou convênio com a prefeitura e dará início à reforma do centro de compras no Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul da capital. Uma obra tímida, prevista para durar dois anos, mas que já representa injeção de ânimo para quem lutou para afastar do Distrital do Cruzeiro a ameaça da demolição.

Previstas para começar este mês, as intervenções incluem a troca do piso, novo layout para as bancas, reparo no telhado, troca das grades, novas portarias, entre outros pontos. O convênio firmado entre a associação e a prefeitura prevê que o lucro do estacionamento repassado ao poder público seja usado, no período de 24 meses, para melhorias na estrutura do mercado. De acordo com o gerente de apoio ao sistema de abastecimento, Alberto Lauro Batista, da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional, o repasse de cerca de R$ 115 mil ao ano será aplicado integralmente nas obras.

“A associação se prontificou a fazer um plano de trabalho e vamos acompanhar o cumprimento desse cronograma. Depois da rejeição dos moradores em relação ao projeto de revitalização, o Distrital do Cruzeiro havia se tornado um problemão. Não queremos que aconteça como o Barroca e o Santa Tereza e esse convênio foi uma forma de começar a revitalizar”, afirma Alberto. O presidente da Acomec, Wayne Stochiero, conta que recursos da associação também serão aplicados em melhorias no Distrital, hoje com 48 permissionários.

“Vamos dar uma nova cara para o mercado, que nunca passou por reforma desde que foi inaugurado, há 36 anos, e um presente para a população. Já trocamos parte do piso e vimos como os frequentadores estão gostando”, ressalta Stochiero, animado com a nova fase do centro de compras.

Concurso

À frente das obras está o grupo vencedor do concurso Viva o Mercado, promovido pelas associações dos comerciantes e moradores, em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil em Minas (IAB/MG). A iniciativa foi uma reação ao projeto da prefeitura que previa a demolição da antiga estrutura para a construção de dois hotéis, centro comercial, estacionamento com 1,9 mil vagas e a manutenção dos permissionários numa área. O concurso elegeu, por meio de júri popular, o melhor projeto entre três concorrentes, todos mantendo a estrutura original do mercado.

A proposta campeã, do escritória A.L. Arquitetura, prevê uma praça multieventos em frente ao prédio, mezanino voltado para espaço gourmet e bares, além de estacionamento com 770 vagas. Esse projeto ainda não sairá do papel com a reforma, mas será o ponto de partida para as mudanças. “Apesar de ser uma pequena e primeira etapa, o fundamental é que essas intervenções poderão viabilizar a revitalização completa”, explica o arquiteto Albano Andrade.

A presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro (Amoreiro), Patrícia Caristo, que lutou contra projeto de modernização do mercado defendido pela prefeitura, comemora o início das obras. “Sabemos que é um primeiro passo para a recuperação, é uma sensação muito boa”, diz. Além da revitalização, comerciantes aguardam o resultado do processo licitatório que visa preencher os 10 espaços ainda disponíveis no mercado. “Com tudo que aconteceu, a conclusão que tiramos é que o mercado é muito querido e só estava precisando de um carinho maior”, resume Stochiero.


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