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Estado de Minas

Crime contra empresária ainda está sem respostas

Rapaz acusado de matar a noiva continua desaparecido. Segundo irmã, ele fazia tratamento psicológico e passava noites sem dormir


postado em 30/01/2012 07:03

A dor da despedida não deixou de lado as dúvidas sobre as circunstâncias da morte da empresária Karina Mayer de Almeida, de 32 anos, encontrada estrangulada na manhã de anteontem. O crime ocorreu no apartamento onde ela morava, no Bairro Nova Granada, Oeste de Belo Horizonte. Ela foi enterrada ontem, no cemitério Municipal de Buenópolis, na Região Central do estado. O noivo da jovem, Bruno Henrique de Araújo, que está desaparecido, é o principal suspeito. Em Rio Acima, na Região Metropolitana de BH, onde ele vive, o mistério foi o assunto do domingo.

Moradores estão chocados com a possibilidade de Bruno, um montador industrial considerado pacato e discreto, ter cometido o crime. Karina estava na cama, com um fio de ferro de passar roupa amarrado ao pescoço. A irmã dela foi ao apartamento, viu o carro da vítima na garagem, ouviu o telefone celular da irmã tocando dentro de casa e pediu a policiais que passavam numa viatura que arrombassem a porta.

Uma vizinha da família de Bruno, que não quis se identificar, disse que a notícia pegou todos de surpresa, principalmente os fieis da Igreja Batista da Reconciliação, templo que ele e a noiva Karina frequentavam. Nos bares, nos supermercados e nas feiras o assunto era um só: por que ele teria cometido o crime. Presidente da Associação Comunitária Vila Duarte, Adilson Antônio de Moura relata que Bruno é um jovem tranquilo, acima de qualquer suspeita. “Um bom rapaz, muito gente boa”, disse.

Outra grande dúvida é sobre o paradeiro do acusado. Como a moto dele foi encontrada no Viaduto dos Cristais por volta das 6h50 de sábado, provavelmente pouco depois da morte de Karina, com uma blusa e documentos do rapaz, a hipótese é que ele tenha pulado da ponte. Por causa da chuva na madrugada de anteontem, ele pode ter sido levado pela forte correnteza. A Polícia Militar levanta ainda a suspeita de ele ter forjado o próprio suicídio.

BUSCAS INTERROMPIDAS

As buscas foram encerradas pela polícia e o Corpo de Bombeiros no início da tarde de sábado e não foi retomada ontem, desapontando os parentes do rapaz. A irmã de Bruno, Joana D’Arc de Arújo, cobra o recomeço dos trabalhos. Segundo ela, a família está muito abalada e sem entender o que levou o rapaz tomar tal atitude. Contou ainda que Bruno estava fazendo tratamento psicológico e passava noites sem dormir. “Minha mãe comentou que ele estava estranho, não se abria conosco”, afirmou.

Na última quarta-feira, Karina esteve com a família e tomou café com a sogra, satisfeita com a marcação da data do casamento, que havia sido adiado de maio para setembro, de acordo com Joana, para que houvesse mais tempo para os preparativos. Já Bruno estava trabalhando com projetos de telhados. A irmã relatou que ele tinha muito ciúmes de Karina, a ponto de vigiar as ligações que ela fazia ou recebia.

A última pessoa com quem o rapaz conversou seria a pastora Jucimara Coimbra, a quem disse que não voltaria mais à igreja. Preocupada, tentou sem sucesso falar com Karina e, por isso, ligou para a irmã da empresária. “Não consigo entender por que ele agiu assim. No meio do ato, ele pode ter entrado em desespero e tentado suicídio. E se aparecer, terá de pagar pelo que fez”, disse Joana aos prantos.


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