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Estado de Minas

Vítimas de ataques no Bairro São Salvador permanecem em estado grave

Uma menina de 2 anos e um jovem de 21 estão no Hospital João XXIII. A criança pode ficar paraplégica. Eles são vítima de um adolescente de 17 anos que atacou 15 pessoas no sábado


postado em 31/10/2011 09:57 / atualizado em 31/10/2011 11:13

Cápsulas de pistola 380 encontradas no Bar da Alzira(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Cápsulas de pistola 380 encontradas no Bar da Alzira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Uma menina de 2 anos e um homem de 21, feridos na noite de sábado, permanecem internados em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Eles são vítimas da fúria do menor D.H.S.D., de 17 anos, que feriu 15 pessoas, matando três delas. A criança está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) com suspeita de trauma raquimedular, que pode deixá-la paraplégica. O jovem, Cláudio Daniel da Cruz,  teve 49% do corpo queimado e está no Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os ataques ocorreram no Bairro São Salvador, Região Noroeste da capital, e os tiros foram disparados em três locais diferentes, num intervalo de menos de duas horas. A arma usada foi um pistola PT 380, que pode carregar até 20 balas no pente. O motivo principal da tragédia seria uma vingança por parte do menor, por causa do assassinato de seu irmão, Iago Dutra, ocorrida há três meses. Iago morreu baleado e a principal suspeita do crime é uma mulher identificada como L., irmã de um dos mortos, Leonardo José de Souza. Há também suspeitas, segundo a Polícia Militar, de acerto de contas entre gangues rivais ou disputa pelo controle do tráfico de drogas na região. Duas testemunhas ouvidas pelo Estado de Minas afirmaram que o tiroteio foi causado pelos três fatores.

A sequência de crimes começou às 21h40, na Rua Eneida, quase esquina com a Avenida Amintas Jaques de Morais, na Lanchonete Cia. do Sabor. Ali ele chegou a pé e atirou contra os fregueses, atingindo quatro pessoas: Leonardo da Conceição de Oliveira, de 21 anos, Gabriel Martins Barbosa de Oliveira, de 19, Rogério da Silva Oliveira, de 32 e o menor J.A.S, de 17. Ele fugiu também a pé, mas testemunhas garantem que, próximo ao local, ele embarcou num automóvel Fiat Stilo preto, cuja placa não foi anotada.

O alvo seguinte foi uma residência na Rua Piúma, 511, onde ele ateou fogo no imóvel e feriu Cláudio da Cruz e Saymon David Silva, ambos de 21, Magea Pamela Silva, de 19 e as menores K.V.A.C, de 17 e A.T.A.S., de apenas dois anos. A menina foi ferida por um tiro no ombro que atingiu a coluna cervical. Uma fonte do serviço de inteligência da Polícia Militar garantiu que essa casa da Rua Piúma foi moradia do menor D.H.S.D até março e que ali funcionava um ponto de tráfico de drogas. Com dívidas com traficantes, o menor teria sido expulso do local.

O terceiro ataque ocorreu por volta das 23h, na Rua Damasco com Rua Sinai, no Bar da Alzira. Ali, ele estacionou o Fiat Stilo a poucos metros de distância e disparou contra seis pessoas, matando três delas: Brainer Gomes Martins, de 19, Leandro de Castro Moraes, de 27, e Leonardo José de Souza (idade não divulgada). Ficaram feridos Maycon Walace Cupertino Silva, o Bob’s, de 23, Ricardo dos Santos Fernandes, de 28, e Júnio Paulino Gomes, de 24. A dona do bar, Alzira, de 91, contou que não viu o tiroteio porque tinha ido aos fundos do lugar para pegar um pacote de cigarros.

Depois dos ataques, o menor desapareceu. Além do João XXIII, os feridos foram encaminhados para os hosptais Odilon Behrens e Alberto Cavalcanti. O comandante Idzel Fagundes garante que o menor será capturado. “Peço à população, alguém que tenha informações, para ligar para o número 181 e denunciar. A ligação é sigilosa e garante o anonimato do denunciante”, afirmou.

Enterros

Brainer Gomes Martins é velado no Cemitério Bosque da Esperança e será enterrado às 14h. Leandro de Castro Moraes será enterrado ainda na manhã desta segunda-feira no Cemitério da Paz e o corpo de Leonardo José de Souza, ainda aguarda liberação no Instituto Médico Legal de BH.

Inimputável

Um detalhe importante é o fato de que D.H.S.D. vai completar 18 anos no próximo dia 18 e teria, segundo uma fonte da Polícia Militar, aproveitado o fato de ainda ser menor para cometer os crimes quando ainda é, segundo a lei, inimputável. Nos últimos dois anos, de acordo com o comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Idzel Fagundes, o menor foi apreendido quatro vezes, em função do envolvimento com o tráfico de drogas.

(Com informações de Karina Novy/TV Alterosa)


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