A Polícia Civil (PC) já iniciou as investigações para saber quem será autuado pelo acidente envolvendo uma Van na madrugada de domingo na MG-424 em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O adolescente D.A.F.F, de 17 anos, conduzia o veículo e admitiu ter consumido bebida alcoólica antes de dirigir. Ele perdeu o controle da direção enquanto beijava a namorada. O veículo saiu da pista e bateu em uma árvore. Morreram Jimim Walker Soares Vandes, de 17, e Bruna Danielle Corrêa Santos, de 18, que estão sendo velados nesta segunda-feira. Outros sete ocupantes, incluindo o motorista, ficaram feridos.
Conforme a polícia, o adolescente foi ouvido ainda no domingo, mas não fez teste do bafômetro ou exame de sangue para comprovar se ele realmente estava alcoolizado. D.A.F.F foi liberado, mas vai responder por ato infracional. Foram lavradas duas multas para a Ducato placa JJZ-8098, uma por condutor sem habilitação e embriaguez, já que a recusa ao teste do bafômetro também é passível de autuação.
Acidente
O roteiro da tragédia teria começado na noite de sábado. Segundo informações do advogado do dono da van escolar, o estudante D.A.F.F., que dirigia a Ducato placa JJZ-8098, pegou as chaves na casa do motorista que trabalha com o veículo. Na versão dele, a negociação para usar a van teria sido feita entre o estudante e o filho do condutor, que estava viajando. O menor teria assumido o compromisso de que uma pessoa habilitada na categoria D, exigida para esse tipo de transporte, dirigiria a Ducato. Em vez disso, porém, D.A.F.F conseguiu pegar as chaves e seguiu com a van para a festa no sítio.
“No hospital, depois de atendido, o menor disse que beijava sua namorada quando perdeu o controle do veículo, saiu da pista e depois não viu mais nada. Admitiu ainda que todos vinham de uma festa de aniversário, num sítio, onde houve consumo de bebida alcoólica”, relatou o sargento Wander Orlandi, da Polícia Militar Rodoviária. Apesar de a batida contra a árvore ter sido do lado do motorista, D.A.F.F. sofreu poucas escoriações e fraturou o nariz. Segundo Orlandi, não havia marcas de frenagem na pista, o que confirma a versão de que o estudante se distraiu e não teve tempo de tentar evitar a colisão.